Karzai pede apoio para consolidar democracia no Afeganistão
O presidente afegão, Hamid Karzai, reivindicou nesta segunda-feira apoio internacional para tornar "irreversível" o processo de transição que fará do Afeganistão "um país democrático e seguro para todos os cidadãos".
Karzai se comprometeu a lutar "com determinação" contra a corrupção e lembrou que, dez anos atrás, na primeira das conferências realizadas sobre seu país, o Afeganistão começou "do zero" um caminho difícil rumo à democratização.
"Não queremos ser um empecilho para a comunidade internacional", acrescentou o presidente afegão na abertura da conferência internacional sobre o futuro de seu país, na presença de delegações de 85 países e 16 organizações internacionais.
Por parte do país anfitrião, o ministro das Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle, primeiro orador da conferência, garantiu a Karzai o apoio da Alemanha "nos dez anos subsequentes a 2014", ou seja, após terminar a retirada das tropas internacionais.
Westerwelle apontou a luta contra a corrupção como um dos "elementos" nos quais o Afeganistão deve avançar e qualificou este desafio como "fundamental" para uma democracia sólida e estável.
O chanceler alemão também lembrou o fato de que, há exatamente dez anos atrás, era realizada também em Bonn a primeira das conferências internacionais sobre o Afeganistão.
Nessa conferência foram acertadas as bases do Afeganistão pós-Talibã, com Karzai na Presidência, enquanto na atual o tema central é o futuro do país, após a retirada das tropas internacionais da Força Internacional de Assistência para Segurança (Isaf).