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Ásia

Japão terá racionamento de energia até abril, diz governo

13 mar 2011 - 21h02
(atualizado às 22h18)
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O governo do Japão anunciou neste domingo que dará início a um racionamento de energia em regiões de Tóquio e outras cidades japonesas. Os blecautes planejados de cerca de três horas começarão nesta segunda-feira (hora local) e devem durar até abril.

Racionamento virou uma necessidade após o terremoto danificar usinas nucleares, como a de Fukushima
Racionamento virou uma necessidade após o terremoto danificar usinas nucleares, como a de Fukushima
Foto: AFP

O objetivo do racionamento, segundo a Tokyo Electric Power (Tepco), é ajudar a compensar a grave queda de energia depois que usinas nucleares foram deixadas inoperantes durante o terremoto e o tsunami no nordeste do país.

A Tepco tem previsto interromper o fornecimento a partir das 10h locais por faixas de três horas e 40 minutos em diversas regiões de Kanto, no centro-leste do Japão, zona que inclui a megalópole Tóquio e arredores. Os reatores das usinas nucleares no nordeste do Japão, devastado pelo terremoto e tsunami de sexta-feira estão parados e as infraestruturas para distribuição de energia ficaram danificadas. A capacidade de geração de eletricidade é muito inferior à demanda.

A empresa recebeu a autorização do governo para interromper em parte o abastecimento de energia de forma organizada a fim de evitar um apagão em passa em regiões inteiras. Estas medidas excepcionais, que abrangem as províncias de Tóquio, Chiba, Gunma, Ibaraki, Kanagawa, Saitama, Tochigi e Yamanashi, durarão pelo menos até o fim de abril, destacou a companhia.

Os três bairros considerados o centro de Tóquio (Chuo-ku, Chiyoda-ku, Minato-ku), onde ficam os ministérios, várias embaixadas e importantes organismos públicos e sedes de empresas serão excluídos da medida.

O ministro de Comércio, Banri Kaeda, disse que a concessionária de energia prevê um déficit de 25% da capacidade.

Serão suspensos os trabalhos em instituições como o Parlamento, algo incomum em uma das ações mais avançadas do mundo. Também não abrirão suas portas as fábricas dos gigantes da indústria automobilística japonesa Honda, Nissan, Mitsubishi, Suzuki e Toyota.

Com informações de agências internacionais

Fonte: Terra
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