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Ásia

Japão reafirma soberania sobre ilhas disputadas com a China

11 set 2013 - 04h52
(atualizado às 05h00)
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O Japão reafirmou nesta quarta-feira sua soberania sobre o disputado arquipélago das ilhas Senkaku/Diaoyu, o principal foco de tensão na atualidade com a China, um ano após sua aquisição em uma manobra que estremeceu as relações entre os gigantes asiáticos.

"É evidente que as ilhas são território do Japão. Manteremos absolutamente a mesma postura de que não existe oficialmente uma disputa", detalhou hoje o ministro porta-voz, Yoshihide Suga, sobre as ilhas, administradas 'de facto' por Tóquio e reivindicadas por Pequim.

Há exatamente um ano, o governo do Japão adquiriu de seu proprietário, um antigo fazendeiro da província de Okinawa, o terreno de três das cinco ilhas do arquipélago por cerca de 2 bilhões de ienes (US$ 19,9 milhões).

"Apesar de terem ocorridos problemas pontuais, sempre manteremos aberta uma janela para o diálogo estratégico" com a China, acrescentou Suga, em declarações divulgadas pela agência "Kyodo".

O pequeno arquipélago situado no Mar da China Oriental, de apenas sete quilômetros quadrados e onde se acredita que existam grandes recursos marítimos e energéticos, foi historicamente objeto de disputas diplomáticas, mas a polêmica nacionalização por parte do Japão aumentou a tensão no último ano.

Após o encontro durante a cúpula do G20 em São Petersburgo, na semana passada Rússia, o primeiro-ministro, Shinzo Abe, e seu colega, Xi Jinping, mostraram suas diferenças sobre o conflito, em meio aos esforços para se realizar uma cúpula, que Pequim condiciona a um reconhecimento da existência da disputa por parte de Tóquio, detalhou a Kyodo.

Nestes 12 meses posteriores à compra das ilhas, ocorreram na China manifestações contra o Japão e o boicote de produtos de empresas japonesas, assim como vários distúrbios entre a Guarda Costeira dos dois países em águas que o Japão considera como seu território, o que provocou protestos diplomáticos.

Por causa do aniversário, o Ministério da Defesa do Japão reforçou a vigilância na região, sobretudo depois que sete navios chineses foram vistos na quarta-feira nas águas próximas do arquipélago e na segunda-feira as Forças Aéreas de Autodefesa japonesas detectaram o que aparentava ser um avião não tripulado chinês perto das ilhas.

EFE   
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