PUBLICIDADE

Ásia

Japão permitirá entrada parcial à última cidade vetada em Fukushima

28 mai 2013 - 01h49
(atualizado às 01h51)
Compartilhar
Exibir comentários

O governo japonês suspendeu parcialmente nesta terça-feira a proibição de entrada ao último dos municípios que permanecia totalmente vetado dentro da zona de exclusão constituída ao redor da central de Fukushima por causa dos altos níveis de radiação.

A cidade de Futaba, uma das duas que abriga a deteriorada usina de Fukushima e da qual 6.520 habitantes foram removidos, foi a última a ter sua interdição suspensa, uma medida que foi decretada de maneira parcial e somente após 26 meses, embora fortes restrições de entrada ainda serão mantidas.

Futaba era um dos municípios que, em abril de 2011, o governo japonês incluiu dentro da "zona de exclusão" constituída em um raio de 20 quilômetros em torno da central de Fukushima para proteger das emissões radioativas.

No entanto, os cidadãos de Futaba só poderão visitar 4% do município e somente durante o dia, sem poder passar a noite no local. Deste modo, a zona restante (96%) seguirá totalmente vedada ao registrar um índice de contaminação radioativa superior aos 50 milisieverts anuais, acima do limite de segurança estabelecido em 20 milisieverts.

Segundo o prefeito de Futaba, Shiro Izawa, a suspensão parcial do veto representa um primeiro passo na reconstrução da cidade pela sua população, que se encontra quase em sua totalidade na cidade de Saitama, ao norte de Tóquio.

Além disso, a liberação permitirá o início dos trabalhos de descontaminação e reabilitação das zonas arrasadas pelo tsunami.

Segundo um estudo pelo governo japonês, cerca de 18% dos 86 mil desabrigados pela crise nuclear de Fukushima não poderá retornar a suas casas pela alta radiação em menos de 10 anos.

A crise em Fukushima Daiichi, produzida após a passagem do devastador tsunami que arrasou o nordeste do Japão em 2011, foi tida como a pior acidente nuclear desde Chernobyl, enquanto a emissões poluentes afetaram gravemente a agricultura, a pecuária e a pesca local.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade