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Ásia

Japão mobilizará mais interceptadores de mísseis por lançamento norte-coreano

3 fev 2016 - 23h46
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O Japão vai posicionar mais interceptadores de mísseis na província de Okinawa, que fica ao sul do arquipélago, depois que a Coreia do Norte anunciou o iminente lançamento de um satélite, informou nesta quinta-feira a emissora pública japonesa "NHK".

O governo japonês posicionará sistemas terrestres de mísseis de defesa PAC-3 na área ao sul do arquipélago por onde prevê que passará o projétil, seguindo as ordens do ministro da Defesa do país, Gen Nakatani, de abater qualquer objeto que possa cair em território japonês.

Além disso, o Japão enviará pessoal das Forças de Autodefesa (exército) para, caso seja necessário, lidar com materiais perigosos e participar de trabalhos de resgate.

O regime norte-coreano comunicou na terça-feira à Organização Marítima Internacional (OMI), cuja sede fica em Londres, o lançamento de um "satélite" entre os dias 8 e 25 de fevereiro, segundo confirmou à Agência Efe o porta-voz desta instituição, Lee Adamson.

Após tomar conhecimento do anúncio da Coreia do Norte, Tóquio decidiu elevar seu nível de alerta diante do que considera um "lançamento 'de facto' de um míssil balístico de longo alcance".

O Ministério da Defesa japonês mobilizou no último dia 29 seu sistema antimíssil para se preparar para a possibilidade de a Coreia do Norte lançar um projétil que possa atingir o território japonês, após observar através de imagens de satélite que a atividade na base norte-coreana de Sohae tinha aumentado.

Concretamente, as Forças de Autodefesa do Japão posicionaram no Mar do Japão contratorpedeiros do sistema de combate Aegis, que são equipados com o interceptador Standard Missile-3, e também puseram em modo operacional suas unidades terra-ar Patriot, também com capacidade de interceptação de mísseis de longo alcance.

Além dos equipamentos e dispositivos já posicionados, o governo japonês enviará para navios equipados com radares detectores de mísseis para o Mar da China Oriental.

O último lançamento deste tipo por parte da Coreia do Norte aconteceu em 2012, quando Pyongyang conseguiu colocar em órbita um satélite com seu foguete de longo alcance Unha-3, uma ação que a comunidade internacional considerou como parte de seu programa de desenvolvimento de mísseis balísticos intercontinentais e que deu origem a novas sanções da ONU.

EFE   
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