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Ásia

Japão informa que novo incêndio em reator 4 foi controlado

15 mar 2011 - 19h01
(atualizado às 20h56)
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Um incêndio ocorrido nesta quarta-feira (horário local) no reator 4 da usina nuclear japonesa de Fukushima foi controlado, informou o governo. "Recebemos informações da Tepco (Tokyo Electric Power Co., operadora da usina) de que não são mais vistas chamas ou fumaça", informou Minoru Ogoda, porta-voz da agência nuclear japonesa.

info infográfico temor usina nuclear
info infográfico temor usina nuclear
Foto: Divulgação

Um incêndio atingiu o quarto andar do edifício do reator número 4 da usina de Fukushima 1, a 250 km de Tóquio. Na terça-feira, o mesmo reator foi atingido por outra explosão e incêndio que causaram danos no teto.

Uma série de problemas graves afetam a central de Fukushima, localizada a 250 km a nordeste de Tóquio, desde o terremoto seguido de tsunami da sexta-feira.

Cada um dos reatores 1, 2 e 3 registrou uma explosão, assim como o 4, que no momento do terremoto estava em manutenção. Essa explosão, provocada na terça-feira por hidrogênio, iniciou um primeiro incêndio que perfurou o teto do edifício desse reator.

Não estavam ativos os reatores 5 e 6 dessa mesma central, nos quais, segundo Edano, também foram detectados possíveis problemas em seu sistema de refrigeração. Na usina nuclear número 1 de Fukushima há apenas cerca 50 trabalhadores, depois de 800 funcionários terem sido evacuados.

O governo pediu a todas as pessoas que vivem em um perímetro de 30 km ao redor da usina que não saiam de suas casas, não abram as janelas e evitem ligar os aparelhos de ar-condicionado, além de ter declarado uma zona de exclusão aérea em um raio de 30 km.

Por causa da situação em Fukushima, os níveis de radiação aumentaram em amplas zonas, incluindo Tóquio, onde as autoridades indicavam que superavam cerca de 20 vezes o nível normal, embora as autoridades locais insistam que isto não implica riscos imediatos para a saúde.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 3,3 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 170 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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