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Ásia

Japão diz que barcos da China podem ser "expulsos à força" de ilhas

23 abr 2013 - 04h25
(atualizado às 08h58)
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Navio da Guarda Costeira japonesa navega entre barco pesqueiro e embarcação de vigilância chinesa (no topo) nas proximidades das ilhas Senkaku
Navio da Guarda Costeira japonesa navega entre barco pesqueiro e embarcação de vigilância chinesa (no topo) nas proximidades das ilhas Senkaku
Foto: AP

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse nesta terça-feira que o Japão adotará "medidas firmes" se navios chineses tentarem desembarcar nas disputadas ilhas Senkaku/Diaoyu, administradas por Tóquio e reivindicadas por Pequim.

Abe explicou, durante uma sessão parlamentar, que a guarda litorânea japonesa deve impedir a entrada de embarcações chinesas nas ilhas e que seria "natural" que se usasse a força caso desembarcassem.

Horas antes, o Ministério das Relações Exteriores japonês realizou um protesto formal e convocou o embaixador chinês no Japão depois que oito embarcações chinesas entraram, hoje, em águas das disputadas ilhas.

Os oito navios entraram em águas do pequeno arquipélago por volta das 8h locais (19h de ontem em Brasília), maior entrada de embarcações desde que se elevou a tensão nas disputadas ilhas, enquanto outros dois se mantiveram na zona contígua, informou a rede japonesa NHK.

Imagem aérea mostra as embarcações japonesas e chinesas navegando lado a lado
Imagem aérea mostra as embarcações japonesas e chinesas navegando lado a lado
Foto: Reuters

Abe disse que "o Japão nunca permitirá o desembarque", e considerou algo "natural" para o país "expulsá-los à força" caso as embarcações chinesas o façam. As incursões de embarcações chinesas às águas das ilhas são muito frequentes: a de hoje seria a 40ª desde setembro passado, segundo Tóquio.

A tensão evolvendo as ilhas Senkaku aumentou em setembro passado, quando o Japão comprou três das cinco ilhas do desabitado arquipélago, situado no Mar da China Oriental e de apenas 7 quilômetros de extensão. Acredita-se, ainda, que a região onde se encontram as ilhas, cuja soberania Taiwan (que as chama de Diaoyutai) também reivindica, poderia abrigar grandes reservas de petróleo.

Desde o início, o conflito vem deteriorando as relações entre a primeira e a segunda maiores economias da Ásia, o que afetou também os interesses econômicos do Japão na China, seu maior parceiro comercial, e provocou manifestações antijaponesas.

EFE   
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