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Ásia

Japão amplia sanções à Coreia do Norte por lançar foguete

10 fev 2016 - 10h12
(atualizado às 18h01)
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Foto: Getty Images

O Japão aprovou nesta quarta-feira a ampliação das sanções unilaterais impostas à Coreia do Norte em resposta ao lançamento de um foguete no domingo, que Tóquio e a comunidade internacional consideram um teste encoberto de mísseis balísticos.

O chefe de Gabinete japonês, Yoshihide Suga, anunciou a medida durante um encontro do Conselho de Segurança Nacional presidido pelo primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe. Entre as sanções está limitar as viagens entre os dois países e a proibição da entrada de embarcações norte-coreanas em portos japoneses, incluídos aquelas com fins humanitários.

O Japão, que considera o recente lançamento uma "ameaça direta e grave" para sua segurança e um "prejuízo para a paz no nordeste da Ásia e da comunidade internacional", realizará ainda um rígido controle das transferências de dinheiro para Coreia do Norte, indicou o Executivo em comunicado.

Em virtude das novas sanções, Japão proibirá a entrada no país dos profissionais envolvidos no desenvolvimento nuclear e de mísseis que tenham viajado para Coreia do Norte, e das embarcações de outros países que tenham estado no país vizinho. Quanto às remessas entre ambos, em princípio, proibirá todas as transferências superiores a 100 mil ienes (R$ 3.377), exceto as que se realizem com fins humanitários, segundo o texto.

Apesar do endurecimento, Suga garantiu que o Japão continuará com as conversas que mantém com a Coreia do Norte sobre os sequestros de japoneses que realizou há décadas.

Em julho de 2014, após alcançar um acordo com o país vizinho, Tóquio suspendeu parte das sanções unilaterais que mantinha desde 2006 em matéria de deslocamentos e de envio de remessas entre ambos os países precisamente depois que Pyongyang se comprometeu a reabrir uma investigação sobre o assunto.

A decisão do Japão de endurecer sua postura com o regime norte-coreano chega no mesmo dia em que a Coreia do Sul anunciou a suspensão das operações do complexo industrial de Kaesong, único projeto conjunto das duas Coreias, como resposta ao lançamento do projétil e o teste nuclear de 6 de janeiro.

EFE   
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