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Ásia

Japão afirma que Coreia do Norte prepara novo teste de míssil balístico

28 jan 2016 - 04h10
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A Coreia do Norte poderia estar preparando um novo teste de míssil balístico de longo alcance após seu último teste nuclear, o quarto do regime comunista, indicaram nesta quinta-feira fontes do governo do Japão, segundo agência local de notícias "Kyodo".

Os serviços de inteligência japoneses observaram um aumento das atividades nos últimos dias nas instalações de lançamento de Dongchang-ri, no nordeste da península coreana, a partir de imagens de satélite, explicaram as fontes.

Segundo esses indícios, a inteligência japonesa acredita que o lançamento poderia acontecer no fim da próxima semana, enquanto os países do Conselho de Segurança das Nações Unidas cogitam impor sanções adicionais a Pyongyang por seu teste nuclear no início do mês.

Um porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Sul, por sua vez, disse hoje que não pode negar nem confirmar essa informação, mas que parece provável que Pyongyang realize de maneira "abrupta" o lançamento.

No entanto, o porta-voz indicou que a Coreia do Norte não declarou ainda uma zona de exclusão para o tráfego marítimo e aéreo, uma notificação necessária quando são realizados lançamentos de longo alcance que afetem outros países, o que significa que o teste não será realizado de maneira iminente.

O último lançamento de um míssil balístico pelo regime norte-coreano aconteceu em 2012, quando o país conseguiu colocar em órbita um satélite com seu foguete de longo alcance Unha-3, uma ação que a comunidade internacional considerou como parte de seu programa de desenvolvimento de mísseis intercontinentais e que levou a novas sanções da ONU.

Ontem, a China entrou em acordo com os EUA sobre a necessidade de se promover uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU contra a Coreia do Norte por causa de seu teste nuclear de 6 de janeiro, mas os dois países não conseguiram chegar a um consenso sobre seu conteúdo e sobre a incorporação de sanções.

No último teste atômico, o regime liderado por Kim Jong-un garantiu ter detonado pela primeira vez uma potente bomba de hidrogênio, mas a maioria dos especialistas considera exagerada a afirmação e alega que a Coreia do Norte provavelmente detonou um dispositivo de fissão potenciada.

Os especialistas advertem sobre o perigo de Pyongyang conseguir miniaturizar dispositivos nucleares para acoplá-los em mísseis e também de desenvolver tecnologia de mísseis balísticos para submarinos, cuja natureza móvel ampliaria enormemente o alcance de seu arsenal e dificultaria a detecção de seus lançamentos.

EFE   
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