PUBLICIDADE

Ásia

Indonésia diz que turismo não foi afetado por execuções

Ativistas contrários à pena de morte lançaram a campanha "Boicote Bali", pedindo que turistas deixem de visitar o país

6 mai 2015 - 12h17
(atualizado às 16h15)
Compartilhar
Exibir comentários

O número de visitantes australianos na Indonésia aumentou em março, e a indústria turística do país não percebeu nenhum impacto da manifestação “Boicote Bali”, uma reação às execuções de estrangeiros condenados por tráfico de drogas, disse uma autoridade do governo.

O brasileiro Rodrigo Gularte, executado na Indonésia, com a família
O brasileiro Rodrigo Gularte, executado na Indonésia, com a família
Foto: BBC Brasil / Reprodução

Nia Niscaya, diretora de promoção do turismo internacional do Ministério do Turismo, afirmou, entretanto, que as cifras de abril, o mês no qual um total de oito presos foram executados, ainda não estão disponíveis. O brasileiro Rodrigo Gularte foi um dos executados no mês passado, tornando-se o segundo cidadão do país morto por fuzilamento na Indonésia - o primeiro foi Marco Archer, em janeiro.

Os adversários da pena de morte lançaram a campanha “Boicote Bali” depois que dois australianos presos em Bali também foram executados. O número de visitantes da Austrália, que tem laços comerciais e políticos profundos com o vizinho, aumentou 6,6%, ou para 84.400 pessoas, em março, de acordo com dados do Ministério do Turismo.

Este aumento mostrou que o boicote não afetou o setor turístico indonésio, afirmou Niscaya. A Austrália é o terceiro maior mercado de visitates estrangeiros da Indonésia, atrás de Cingapura e Malásia.

O turismo representa uma fração pequena mas crescente da economia local, gerando receitas de cerca de 9,85 bilhões de dólares por ano ao país, cujo Produto Interno Bruto (PIB) foi de 868,3 bilhões de dólares em 2013, segundo dados do Banco Mundial.

TV indonésia causa polêmica com simulação do fuzilamento:
Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Publicidade