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Ásia

Imperador japonês pede paz após ano marcado por memória de 2ª Guerra

1 jan 2016 - 07h20
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O imperador do Japão, Akihito, fez nesta sexta-feira um chamado à paz em sua mensagem de Ano Novo, após um ano marcado pelo 70º aniversário do final da Segunda Guerra Mundial e por uma controvertida reforma militar.

"Foi um ano em que muitos passamos muito tempo pensando sobre a guerra", disse Akihito em sua tradicional mensagem de Ano Novo, divulgado pela Casa Imperial japonesa.

"No ano que entra, quero renovar minhas orações pela paz tanto em nosso país como no resto do mundo", acrescentou o imperador japonês, de 82 anos.

Em 2015 foi lembrado o 70º aniversário do fim da Segunda Guerra, celebrada no Japão com diversos atos, entre eles um esperado discurso do primeiro- ministro do Japão, Shinzo Abe, em que ele reiterou o pedido de desculpas pelas agressões do Japão aos países vizinhos.

Além disso, em setembro o parlamento japonês aprovou a mais polêmica e importante reforma militar desde a Segunda Guerra Mundial, que deu mais competências a seus militares e que dividiu a sociedade japonesa, pois parte acredita que põe fim ao pacifismo defendido na Constituição.

A nova legislação dará às Forças de Autodefesa (o exército japonês) mais peso no cenário internacional.

Na mensagem de hoje, o imperador japonês expressou ainda seu desejo de que em 2016 avancem as tarefas de reconstrução no noroeste do país, a região mais afetada pelo tsunami de 2011.

"Sinto pensar que ainda há gente que não pode voltar a suas casas e que têm que viver em alojamentos temporários", assinalou.

E Akihito disse confiar que "se façam progressos suficientes este ano para a recuperação das áreas afetadas".

"Somos um país muito propenso a sofrer desastres naturais. Peço aos japoneses que cultivem a consciência sobre a prevenção destas catástrofes, que cuidem uns dos outros e que estejam preparados para se proteger o tempo todo", disse Akihito.

O imperador visitou várias vezes, junto com imperatriz Michiko, as prefeituras de Miyagi, Iwate e Fukushima, as mais castigadas pelo terremoto e o tsunami de março de 2011, e devem assistir ao memorial que será celebrado em 11 de março em homeagem às vítimas.

EFE   
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