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Ásia

Idoso se suicida por não querer abandonar casa em Fukushima

14 abr 2011 - 06h37
(atualizado às 10h18)
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Um homem de 102 anos cometeu suicídio em um vilarejo perto da central nuclear de Fukushima (nordeste do Japão) porque não aceitava a ideia de abandonar a casa, informou a agência de notícias Jiji Press.

Barcos atracam no porto de Onagawa, cidade que foi atingida pelo tsunami de 11 de março
Barcos atracam no porto de Onagawa, cidade que foi atingida pelo tsunami de 11 de março
Foto: AFP

O idoso, que era o decano do vilarejo de Iitate, a 40 km de Fukushima, se matou depois de falar sobre a saída com a família. Iitate é uma das cinco localidades que o governo nipônico incluiu esta semana na zona de segurança de 20 km instaurada inicialmente ao redor da central nuclear em consequência dos riscos de radioatividade.

Milhares de pessoas já foram obrigadas a abandonar a região de Fukushima por causa das radiações emitidas pelos reatores danificados pelo terremoto e tsunami de 11 de março. Um morador de Iitate, entrevistado por telefone, confirmou a morte do idoso, mas declarou que não podia confirmar se foi suicídio.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto de 9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfecho e as consequências permanecem incertas.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram quase 9 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Os prejuízos materiais devem passar dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto e cortes de energia, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes, evacuar áreas de risco e, aos poucos, iniciar a reconstrução do país.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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