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Ásia

Helicópteros jogam água sobre reator nuclear em Fukushima

16 mar 2011 - 21h55
(atualizado às 22h59)
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Helicópteros da Marinha japonesa despejaram um grande volume de água nesta quinta-feira sobre dois reatores da central de Fukushima, para resfriar o combustível nuclear, informou a TV estatal NHK. Os aparelhos, do tipo CH-47 Chinook, sobrevoaram a central e jogaram, em quatro passadas, 7,5 mil l de água sobre os reatores 3 e 4 de Fukushima.

Helicópteros das Forças de Autodefesa do Japão sobrevoam a usina nuclear de Fukushima
Helicópteros das Forças de Autodefesa do Japão sobrevoam a usina nuclear de Fukushima
Foto: AFP

Até o momento não há informação sobre o resultado da operação. A medida visa a evitar que o combustível nuclear, especialmente no reator 4, fique exposto e provoque um acidente ainda maior. O vaso de confinamento do reator 3 também pode estar danificado.

Uma tentativa precedente de utilizar helicópteros para jogar água nos reatores tinha sido abortada na quarta-feira devido aos altos níveis de radiação sobre Fukushima 1. As autoridades também preparam um caminhão tanque com canhão dágua para resfriar o reator 4.

A

NHK

explicou que os pilotos têm ordens de não ficar parados para evitar serem expostos a grandes quantidades de radiação procedente do complexo. Quase todos os funcionários da usina foram evacuados pelo mesmo motivo.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 4,3 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos podem chegar a US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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