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Ásia

Greenpeace atribui poluição em Cingapura a plantações de Sumatra

22 jun 2013 - 06h40
(atualizado às 06h42)
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O Greenpeace acusou neste sábado as grandes plantações para extração de óleo de palma na ilha de Sumatra, algumas delas de propriedade de cingapurenses e malaios, de serem as responsáveis pela contaminação do ar que está prejudicando a saúde dos habitantes em Cingapura e em partes da Malásia.

Muitos dos incêndios são provocados para desmatar as florestas da Indonésia e abrir espaço para terrenos cultiváveis.

"As chamas ao longo da Sumatra afetaram milhões de pessoas e prejudicaram o ar na região. Os produtores de óleo de palma devem enviar imediatamente gente para apagar os incêndios", disse o chefe da campanha de proteção de florestas do Greenpeace na Indonésia, Bustar Maitar, segundo comunicado divulgado pelo grupo.

A organização ambiental advertiu que a ausência de dados e mapas oficiais pormenorizados dificulta a compreensão exata da situação, mas imagens de satélite dos últimos dez dias revelam 814 focos de incêndio em Sumatra, dos quais 385 se encontram dentro de concessões feitas pelo Ministério de Florestas a plantações de palma almotolia.

Alguns dos incêndios em Sumatra são em regiões de turfeiras, cujas emissões de carbono na atmosfera contribuem para a mudança climática.

"O Greenpeace faz um pedido às grandes companhias de óleo de palma como a Sime Darby, radicada na Malásia, e a Wilmar Internacional, em Cingapura, para que comprovem se os seus fornecedores estão envolvidos nestes incêndios", disse Bustar.

O índice de concentração de partículas no ar de Cingapura desceu hoje para os 178 pontos, mas ainda é considerado perigoso para a saúde.

O dado oficial revela uma melhoria em relação à sexta-feira, quando foram superados os 400 pontos, e na quinta-feira, quando se chegou aos 371.

Devido à situação em Cingapura, as autoridades aconselharam nesta semana que idosos, mulheres grávidas, crianças e pessoas com doenças crônicas evitassem as atividades ao ar livre e utilizassem máscaras se fosse necessário sair.

Na Malásia, 200 escolas cancelaram suas aulas na quinta e na sexta-feira e também foi suspensa uma corrida popular que deveria acontecer amanhã em Kuala Lumpur, segundo a imprensa local, entre outras medidas.

EFE   
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