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Ásia

Governo minimiza vazamento de radiação do reator 4 de usina

15 mar 2011 - 06h15
(atualizado às 06h50)
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O governo do Japão negou que haja um vazamento contínuo e elevado de radiação em torno do reator 4 da usina de Fukushima, depois do incêndio que ocorreu nessa terça-feira no edifício que o abriga. O porta-voz do Executivo, Yukio Edano, assegurou que os níveis de radiação em torno do reator diminuíram.

O fogo, no quarto andar do edifício, fez com que alguns objetos caíssem à estrutura do reator, que não se encontrava em funcionamento desde antes do terremoto de sexta-feira.

Também não estavam ativos os reatores 5 e 6 dessa mesma central, nos quais, segundo Edano, também foram detectados possíveis problemas em seu sistema de refrigeração. Na usina nuclear número 1 de Fukushima há apenas cerca 50 trabalhadores, depois de 800 funcionários terem sido evacuados.

O governo pediu a todas as pessoas que vivem em um perímetro de 30 km ao redor da usina que não saiam de suas casas, não abram as janelas e evitem ligar os aparelhos de ar-condicionado, além de ter declarado uma zona de exclusão aérea em um raio de 30 km.

Por causa da situação em Fukushima, os níveis de radiação aumentaram em amplas zonas, incluindo Tóquio, onde as autoridades indicavam que superavam cerca de 20 vezes o nível normal, embora as autoridades locais insistam que isto não implica riscos imediatos para a saúde.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 1,8 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso,s prejuízos já passam dos US$ 170 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

info infográfico temor usina nuclear
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Foto: Divulgação
EFE   
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