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Ásia

Fukushima acende alerta; veja mapa dos reatores pelo mundo

18 mar 2011 - 09h57
(atualizado às 10h45)
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Não apenas o temor de um desastre nuclear está entre as consequências do terremoto e do tsunami do Japão de 11 de março de 2011. Junto com a ameaça de uma catástrofe radioativa, Fukushima Daiichi começa a erguer a dúvida do futuro da energia atômica em escala planetária. Confira abaixo a distribuição dos reatores por países e a reação de nações estratégicas no uso dessa tecnologia.

Imagem de satélite da usina nuclear de Fukushima, em risco desde o dia 11
Imagem de satélite da usina nuclear de Fukushima, em risco desde o dia 11
Foto: Reuters

Cenário

Segundo dados da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disponíveis no site do Ministério de Ciência e Tecnologia, o mundo possui, atualmente, 439 reatores nucleares operantes. Destes, mais da metade está concentrada em quatro países, todos do hemisfério norte: os Estados Unidos, com 104; a França, com 59; o Japão, com 55; e a Rússia, com 31. Somadas, estas nações comportam 249 reatores.

Um segundo grupo, composto principalmente por países asiáticos em desenvolvimento e, principalmente, nações europeus desenvolvidas, concentra 172 retores. Neste conjunto estão países como Coreia do Sul (com 20 reatores), Alemanha e Índia (ambas com 17), China (11) e Finlândia (4). Na mesma faixa está o Canadá, vizinho do líder Estados Unidos, com 18 reatores nucleares.

Por fim há países latinoamericanos, europeus e asiático e africanos em desenvolvimento que possuem a tencologia, mas em escala bem menor. São exemplos Brasil, Argentina, Paquistão e África do Sul, cada um com 2 reatores, e Holanda e Eslovênia, países no coração da Europa, com 1 reator somente. Este grupo final compreende 18 reatores atômicos.

Reação

Embora a situação de Fukushima ainda seja incerta, ela já gerou repercussões no globo. O país em que a discussão sobre o futuro do uso da energia nuclear mais está se desenvolvendo é a Alemanha. Poucos dias depois do acidente, a chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou a moratória do projeto de estender a vida útil de usinas nacionais. Circula inclusive a ideia de um plebiscito para votar o fim da energia atômica na Alemanha.

Na França, país vizinho e o segundo maior usuário da energia atômica, a reação foi simetricamente inversa. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, se pronunciou, dizendo que Paris não abrirá mão da energia atômica. Nos Estados Unidos, a reação foi similar: a Casa Branca anunciou que a tecnologia nuclear persistirá como parte fundamental do plano estratégico do presidente Barack Obama.

Fonte: Terra
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