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Ásia

Fortes réplicas não afetaram usina de Fukushima, diz agência

22 mar 2011 - 22h37
(atualizado às 23h05)
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A série de tremores registrados na primeira hora de quarta-feira na província de Fukushima (nordeste do Japão) não atrapalharão as tarefas de reparação da usina nuclear, segundo a Agência para a Segurança Nuclear do Japão. A Agência encarregada da segurança atômica assinalou que as duas usinas da central, Daiichi e Daini, não foram afetadas pela série de tremores, um dos quais alcançou uma magnitude 6 na escala Richter e foi sentido com clareza em Tóquio.

info infográfico número de usinas reatores no mundo
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Foto: Arte / Terra

Além disso, houve outro terremoto de 5,8 graus na escala Richter quase imediatamente, seguido de vários tremores de mais de 5 graus no nordeste do Japão afetado pelo terremoto do dia 11. O maior desses tremores, de 6 graus, foi registrado às 7h12 local (19h12 de Brasília) e seu epicentro foi localizado ao sul da província de Fukushima.

O tremor foi sentido com uma intensidade de grau 5 na escala japonesa de até sete pontos, que mede sobretudo seu alcance, segundo a Agência Meteorológica do Japão. A rede de televisão NHK disse que o tremor, que durou cerca de 20 segundos, fez suspender o serviço de trem de alta velocidade da linha Tohoku entre Oyama e Nasu, para checar o estado das vias.

Cerca de 20 minutos foi registrado outro terremoto de 5,8 graus na mesma região, com seu epicentro localizado a 10 km de profundidade nas proximidades de Hamadori e que também não gerou nenhum alerta de tsunami. Posteriormente ocorreram vários outros tremores, alguns de mais de 5 graus, nas províncias de Fukushima e Iwate, duas das mais afetadas pelo terremoto do dia 11.

Desde o grave terremoto, o Japão registrou quase 700 réplicas e praticamente todos os dias há um tremor de mais de 6 graus na escala Richter.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto de 9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfecho e as consequências permanecem incertas.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram quase 9 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Os prejuízos materiais devem passar dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto e cortes de energia, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes, evacuar áreas de risco e, aos poucos, iniciar a reconstrução do país.

EFE   
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