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Ásia

Fortes chuvas e inundações causam centenas de mortes na China

19 ago 2013 - 09h55
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As graves inundações no nordeste da China e as fortes chuvas no sul do país provocaram nos últimos dias centenas de mortes e deixaram milhares de evacuados e milhões de pessoas afetadas.

A previsão é que o temporal continue nos próximos dias. Segundo informou nesta segunda-feira o Ministério de Assuntos Civis, 105 pessoas morreram e outras 115 seguem desaparecidas em virtude das fortes inundações no norte do país e da passagem do tufão Utor pelo sul.

Nas províncias de Heilongjiang, Jilin e Liaoning, situadas no extremo nordeste, foram registradas até o momento 72 mortos e centenas de desaparecidos depois que vários rios transbordaram e inundaram municípios inteiros.

A maioria das vítimas eram residentes da cidade de Fushun, situada em Liaoning (província com o maior número de vítimas), onde centenas de imóveis ficaram submergidas depois que as chuvas atingiram 400 milímetros em somente 24 horas.

O temporal provocou também o corte do tráfego ferroviário, o fechamento de várias estradas e a interrupção do abastecimento de energia na cidade.

As abundantes chuvas aumentaram perigosamente o volume dos três principais rios da região (Amur, Songhua e Ussuri), que transbordaram em algumas zonas e derrubaram ou danificaram gravemente cerca de 50.000 casas nas três províncias, segundo as autoridades.

A soma de evacuados já supera 300.000 pessoas e os afetados são cerca de 3,7 milhões, segundo dados proporcionados pela agência "Xinhua".

Segundo as previsões meteorológicas, duas frentes chuvosas chegarão na região nesta semana, o que dificultará os trabalhos de resgate e de ajuda realizados milhares de voluntários e soldados do Exército de Libertação Popular (ELP).

As localidades do nordeste da China se transformam no verão nas principais produtoras de cereais do país, por isso se teme que as inundações prejudiquem as colheitas e a produção do grão em um momento decisivo para o abastecimento destes alimentos durante os meses de outono.

O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, pediu mais esforços para aliviar as secas e prevenir as inundações e disse que reforçará a recuperação da produção agrícola após os desastres meteorológicos. Além disso, garantiu que o governo dará "apoio fiscal" aos produtores afetados.

Enquanto o nordeste do país sofre com as piores inundações em décadas, as chuvas não dá trégua no sul, onde a população sofre com os efeitos do tufão Utor, que atingiu as províncias de Cantão e Guangxi.

As inundações e os deslizamentos de terra provocados pelas fortes precipitações deixaram por enquanto 33 mortos e dez desaparecidos, além de 320.000 evacuados e 8,3 milhões de afetados.

Espera-se para hoje que algumas zonas de Guangxi registrem quantidades entre 100 e 110 milímetros de chuva. As precipitações, no entanto, devem diminuir nos próximos dias e se deslocar rumo às províncias de Guizhou e Yunnan.

Hoje, uma série de deslizamentos de terra soterrou pelo menos seis veículos e um número indeterminado de pessoas na província de Guangxi, segundo informaram as autoridades locais.

Enquanto isso, o centro e o leste da China vivem neste verão uma das maiores ondas de calor já registrada no país e que já matou 31 pessoas em agosto.

Segundo as previsões, as temperaturas atingirão recordes durante os próximos três dias ao longo dos rios Yang Tsé e Huai, especialmente em suas zonas sulinas, nas províncias de Sichuan e Chongqing.

Os termômetros superarão os 35 graus na maioria das regiões afetadas, com máxima de até 39 e 40 graus.

EFE   
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