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Ásia

Fonterra se desculpa por contaminação de leite em pó na China

5 ago 2013 - 09h46
(atualizado às 10h16)
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A Fonterra, maior exportadora mundial de laticínios, pediu desculpas nesta segunda-feira pela contaminação de seu leite em pó na China, num caso que ameaça abalar a reputação dos produtos alimentícios neozelandeses.

A empresa anunciou no fim de semana a descoberta, em alguns produtos, de bactérias capazes de provocar infecções alimentares. A proteína concentrada de soro de leite havia sido vendida à China, Malásia, Vietnã, Tailândia e Arábia Saudita, e usada em produtos como bebidas esportivas e leite em pó para bebês, segundo a companhia.

O executivo-chefe da Fonterra, Theo Spierings, viajou às pressas para a China, um dos maiores mercados da empresa, para tentar tranquilizar os consumidores, declarando à imprensa local que os métodos de processamento matariam as bactérias nocivas.

"Realmente lamentamos a preocupação e ansiedade que essa questão possa ter causado", disse ele. "Entendemos totalmente que haja preocupação de pais e outros consumidores no mundo todo. Os pais têm o direito de saberem que a nutrição infantil e outros laticínios são inofensivos e seguros."

Spierings disse que a Fonterra, líder no setor neozelandês de exportação de laticínios, que movimenta 9 bilhões de dólares por ano, não está sujeita à proibição dos seus produtos na China, apenas a restrições envolvendo o concentrando de soro lácteo.

Segundo ele, as medidas podem ser suspensas já nesta semana, quando a Fonterra apresentar explicações detalhadas sobre o caso às autoridades chinesas. A maioria dos produtos contaminados já foi retirada de circulação, disse o executivo, e os demais devem sair das prateleiras dentro de dois dias.

Spierings disse ainda que o problema ocorreu por causa de um cano numa fábrica da Nova Zelândia. O duto é pouco usado e, por isso, os procedimentos habituais de limpeza não foram suficientes para esterilizá-lo.

As unidades do Fundo de Acionistas da Fonterra, que oferecem a investidores externos exposição aos dividendos dos acionistas da cooperativa de laticínios, tiveram queda de até 8,7 por cento, chegando ao seu menor valor em oito meses, antes de fechar o pregão da segunda-feira em baixa de 3,7 por cento, a 6,86 dólares neozelandeses. A cotação da moeda do país oceânico teve queda de 0,02 dólar norte-americano, chegando ao seu menor nível em um ano.

A produção de laticínios responde por cerca de um quarto das exportações neozelandesas, e a moeda do país é sensível a situações que envolvam a Fonterra.

(Reportagem adicional de Alexandra Harney e da redação de Xangai; Stuart Grudgings, em Kuala Lumpur; e Apornrath Phoonphongphiphat, em Bangcoc)

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