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Ásia

Filipinas contraria Senado e mantêm embaixador na Argentina

16 fev 2012 - 03h27
(atualizado às 07h09)
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As Filipinas não ordenarão a retirada de seu embaixador em Buenos Aires, contrariando desta forma a moção aprovada pelo Senado em resposta à agressão sofrida por um pugilista filipino após um combate na Argentina em 11 de fevereiro, indicaram fontes oficiais nesta quinta-feira.

"Não devemos agir em primeiro lugar. Esperaremos a resposta do Governo argentino sobre o nosso protesto, e a decisão final dependerá dessa reação", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores filipino, Raul Hernandez, à rádio "dwlZ".

A Embaixada filipina em Buenos Aires interpôs um protesto formal perante o Governo da Argentina pelos distúrbios ocorridos após a luta em que o filipino Johnriel Casimero derrotou por nocaute o argentino Luis Lazarte.

"Não tenho problema em lutar na Argentina, mas nunca mais porei os pés em Mar del Plata", disse Casimero durante sua chegada às Filipinas.

O vice-ministro das Relações Exteriores filipino, Esteban Coelhos, se reuniu na quarta-feira com o embaixador argentino em Manila, Joaquín Otero, para expressar sua "preocupação" pelos incidentes, nos quais foram feridos vários integrantes da equipe de Casimero.

"Transmitimos nossa preocupação e esperamos que as autoridades argentinas reajam ao incidente", disse.

Tanto o pugilista argentino como o promotor do combate, Osvaldo Rivero, pediram desculpas a Casimero e a sua equipe.

O presidente do Senado, Juan Ponce Enrile, assegurou na quarta-feira, após aprovar a moção, que as Filipinas devem retirar seu embaixador para que explique "por que os argentinos se atreveram a assaltar a bandeira filipina, a honra e a dignidade deste país".

Segundo o veterano político filipino, Casimero "viajou pensando que iria a um país civilizado, não a um de gente anormal e incivilizada".

"Acredito que não temos nenhuma razão especial para manter relações com um país que se comporta dessa maneira", manifestou.

EFE   
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