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Ásia

Família de britânico assassinado pede indenização de US$8,2 mi na China

12 ago 2013 - 09h37
(atualizado às 09h50)
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A família de um empresário britânico assassinado na China, que foi pivô de um grave escândalo político, solicitou uma indenização de US$ 8,2 milhões da mulher condenada pelo crime, disse um advogado nesta segunda-feira.

Gu Kailai, mulher do ex-dirigente político Bo Xilai, foi condenada à prisão perpétua no ano passado pelo envenenamento do britânico Neil Heywood. Bo, outrora visto como candidato à cúpula hierárquica do regime chinês, caiu em desgraça por causa do crime e agora está sendo processado por corrupção e abuso de poder.

Na China, é habitual que a Justiça obrigue homicidas condenados a pagarem indenizações às famílias de suas vítimas.

Uma fonte próxima da família disse que a viúva chinesa de Heywood, Lulu, solicita indenização para si e para seus dois filhos pequenos. Acredita-se que Lulu e as crianças continuem vivendo em Pequim.

Li Xiaolin, advogado que já representou a família de Gu, disse que a família de Heywood solicitou indenização de 30 a 50 milhões de iuanes (US$ 8,17 milhões). "As discussões começaram no ano passado, mas que eu sabia não chegaram a nenhum acordo", disse Li à Reuters. "Gu Kailai não tem dinheiro próprio."

De acordo com Li, o pedido de indenização não atinge Bo, já que ele não foi mencionado no veredicto do processo de homicídio. "As discussões estão continuando", acrescentou Li, explicando que um colega seu continua envolvido no caso.

Bo foi afastado no ano passado da cúpula do Partido Comunista na cidade de Chongqing, depois de sua mulher ser apontada com suspeita do homicídio de Heywood. O empresário era amigo da família de Bo e ajudara o filho dele, Bo Guagua, a se instalar na Grã-Bretanha para uma temporada de estudos. Bo chegou a ser apontado como suspeito de acobertar o homicídio de Heywoood, mas o indiciamento formal, divulgado no mês passado, não faz menção a isso.

A embaixada britânica em Pequim disse ter transmitido ao governo chinês as preocupações da família do empresário com a falta de progresso na discussão da indenização. A chancelaria chinesa não se pronunciou.

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