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Ásia

Ex-aliados, vitoriosos de guerra disputam urnas no Sri Lanka

25 jan 2010 - 12h39
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A campanha eleitoral para as primeiras eleições presidenciais no Sri Lanka desde o fim da guerra civil termina hoje com grandes atos em diferentes pontos do país. Um porta-voz da candidatura do atual presidente cingalês, Mahinda Rajapaksa, explicou que o chefe do Estado realizará diversos compromissos eleitorais.

Trabalhador do Sri Lanka carrega uma urna, enquanto a polícia o leva de volta na véspera das eleições em Colombo
Trabalhador do Sri Lanka carrega uma urna, enquanto a polícia o leva de volta na véspera das eleições em Colombo
Foto: AP

Tentando a reeleição, Rajapaksa fechará a campanha com um grande comício em Colombo, cidade onde fica a sede da Presidência cingalesa, no qual explicará aos cidadãos suas propostas para os próximos seis anos.

A popularidade de Rajapaksa, para grande maioria cingalesa do país, estava realmente alta no período de novembro do ano passado, fazendo com que sua reeleição parecesse certa. Essa alta popularidade do governo de Rajapaksa deve-se à derrota do movimento rebelde Tigres Tâmeis após meses de intensos combates, encerrando mais de duas décadas de conflitos.

No entanto, o principal rival do presidente é o ex-comandante do Estado-Maior da Defesa, Sarath Fonseka, que renunciou seu cargo em novembro para se tornar oposição na disputa presidencial.

Agora com a mais recente pesquisa, a vitória de Rajapaksa não é garantida como antes, Fonseka também é considerado um herói entre os cingaleses devido sua liderança com as tropas do governo na recente vitória, o que torna a disputa nas eleições mais acirrada.

Ambos os candidatos percorreram o país durante dois meses, fazendo comícios, atacando uns aos outros, prometendo riquezas e lembrando a população do papel de cada um na criação de paz.

A campanha parece estar próxima do fim. Na véspera das eleições em Colombo, os votos da minoria tâmil - os que mais sofreram com a ofensiva do governo na luta contra os rebeldes - podem ajudar a decidir o fim das eleições, enquanto o país busca sua reconstrução.

Em comunicado oficial, a polícia disse que cumprirá à risca as leis eleitorais para que a disputa ocorra de forma pacífica. Todos os 9.300 escritórios de propaganda eleitoral no país deverão fechar até o fim do dia.

Em maio de 2009, as tropas cingalesas puseram fim a mais de duas décadas de conflito armado e derrotaram a guerrilha dos Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE) que, após meses de intensos combates, resistia em uma pequena faixa de território no norte da ilha junto a milhares de civis.

Os LTTE iniciaram em 1983 um levantamento armado pela independência das zonas norte e leste da ilha, onde a etnia tâmil é predominante - a cingalesa é majoritária na nação.

Com informações da EFE e AP

Fonte: AP AP - The Associated Press. Todos os direitos reservados. Este material não pode ser copiado, transmitido, reformado o redistribuido.
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