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Ásia

EUA incluem escola muçulmana na lista negra pela primeira vez

20 ago 2013 - 16h04
(atualizado às 16h49)
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Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira que, pela primeira, incluíram uma escola corânica, localizada no Paquistão, em sua lista de entidades suspeitas de realizar atividades terroristas.

A escola religiosa Ganj Madrassa, localizada em Peshawar, teria servido como refúgio e "centro de treinamento" para combatentes do Talibã, que mais tarde foram designados para o Afeganistão, informou um comunicado do Departamento do Tesouro americano.

A escola arrecadava recursos no exterior para transferi-los a combatentes da Jihad Islâmica e da Al-Qaeda. A instituição de ensino também inscrevia alguns de seus alunos nas fileiras do Talibã. Tudo sob a alegação de desenvolver atividades educativas.

"As atividades da Ganj Madrassa demonstram como grupos terroristas, entre eles a Al-Qaeda e o Talibã, pervertem instituições aparentemente respeitáveis , como escolas religiosas, para desviar doações destinadas à educação", acusa o comunicado. A pena implica no congelamento de quaisquer bens desta escola nos Estados Unidos.

O governo americano indicou, ainda, que essa decisão não significa que as madrassas (escolas corânicas) estão, a partir de agora, em sua mira. Esses centros "muitas vezes desempenham um papel essencial na alfabetização e canalização da ajuda humanitária em muitas regiões do mundo, principalmente no Paquistão", explicou o Tesouro americano.

"Vamos desmantelar essas redes terroristas, especialmente aquelas que procuram esconder suas atividades criminosas atrás de organizações comunitárias vitais, como as madrassas", disse David Cohen, subsecretário do Tesouro americano responsável pela área de combate ao terrorismo, citado no comunicado.

O Tesouro também anunciou que adicionou à sua lista negra Omar Siddique Kathio Azmarai, um "alto funcionário da Al Qaeda" no Paquistão, que teria facilitado o financiamento da rede extremista e assumido atividades "logísticas", servindo aos líderes da rede e suas famílias, como a de Osama bin Laden, de acordo com o governo dos Estados Unidos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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