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Ásia

EUA comemoram acordo entre duas Coreias após "incansáveis esforços" de Seul

24 ago 2015 - 18h45
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Os Estados Unidos comemoraram nesta segunda-feira o acordo alcançado pelas Coreias do Norte e do Sul para pôr fim à sua tensa crise militar, e atribuiu boa parte desse êxito aos "incansáveis esforços" da presidente sul-coreana, Park Geun-hye.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, John Kirby, se pronunciou a respeito durante sua entrevista coletiva diária. As Coreias chegaram ao acordo após três dias de intensas reuniões.

"Apoiamos os incansáveis esforços da presidente Park para melhorar as relações intercoreanas, que respaldam a paz e a estabilidade na península coreana", afirmou Kirby.

Os Estados Unidos confiam que esse acordo contribuirá para "diminuir as tensões na península" da Coreia e continuarão em contato com o governo sul-coreano para ver como a situação evoluirá, acrescentou.

"Agora a Coreia do Norte tem que agir, e não só apresentar garantias a respeito de suas próprias atividades militares ao longo da fronteira", declarou Kirby.

O acordo foi selado entre representantes das duas Coreias após negociarem desde o sábado de maneira praticamente ininterrupta na fronteira do paralelo 38.

Em virtude do acordo, Pyongyang se dispôs a lamentar seu ataque com minas ocorrido no último dia 4 que provocou uma troca de disparos de artilharia e prometeu fazer esforços para não recorrer a mais provocações.

O governo de Seul, por sua vez, concordou em desligar às 12h locais desta terça (0h em Brasília) os alto-falantes que, na fronteira, divulgam propaganda contra o regime de Kim Jong-un.

A Coreia do Sul começou a transmitir as propagandas no começo deste mês pela primeira vez em 11 anos, como represália pela colocação das minas terrestres.

O governo da Coreia do Norte pediu repetidamente que estas transmissões fossem interrompidas, por considerá-las um insulto a sua dignidade.

Desde quinta-feira, a tensão entre as duas Coreias tinha alcançado um alto grau, e Pyongyang chegou a qualificar a situação como "quase estado de guerra".

Norte e Sul permanecem em guerra tecnicamente desde a Guerra da Coreia (1950-53), que terminou com um armistício nunca substituído por um tratado de paz definitivo.

Como herança daquele conflito, os Estados Unidos mantêm 28.500 militares na Coreia do Sul e estão comprometidos a defender seu aliado em caso de conflito armado com o regime do Norte.

EFE   
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