EUA afirmam que não há nada novo na oferta de diálogo da Coreia do Norte
Os Estados Unidos afirmaram nesta segunda-feira que não vê nada "diferente" na oferta de diálogo da Coreia do Norte e que seguem esperando uma proposta que inclua o compromisso de avanço rumo à desnuclearização.
"Isto é diferente de outras ocasiões? Não. Não vimos provas disso. E isso é o que estamos esperando", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, em entrevista coletiva.
No último domingo, a Coreia do Norte convidou os EUA a estabelecer conversas de alto nível "para diminuir as tensões na península coreana", mas advertiu que o governo americano "não deveria falar de condições prévias" para os contatos.
A Casa Branca reiterou pouco depois sua postura de que não se sentará à mesa de diálogo até que o regime demonstre, com ações concretas, a vontade sincera de abandonar seu programa de armas nucleares, instância apoiada por Coreia do Sul e Japão.
"A comunidade internacional foi muito consistente e clara ao assinalar que a Coreia do Norte deve acabar de forma verificável com seu programa nuclear", insistiu hoje Jen Psaki.
"E para chegar a esse objetivo de desnuclearização, a Coreia do Norte deve entrar em negociações autênticas e críveis que produzam ações concretas de desnuclearização", acrescentou.
A porta-voz disse ainda não ter conhecimento de que os EUA tenham remetido uma resposta formal a Coreia do Norte sobre a oferta.
A tentativa de aproximação com Washington contrasta com a dura campanha de ameaças bélicas dirigidas contra EUA, Coreia do Sul e Japão que o regime norte-coreano realizou em março e abril.
A oferta é a primeira desde as frustradas negociações bilaterais de fevereiro de 2012, nas quais os países definiram uma moratória norte-coreana em relação a seus programas atômicos e de mísseis em troca de centenas de milhares de toneladas de ajuda alimentícia americana.
Esse acordo se viu frustrado semanas depois, quando Pyongyang anunciou o lançamento de um foguete.