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Ásia

Estudo detecta plâncton radioativo em Fukushima

15 out 2011 - 08h24
(atualizado às 08h38)
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Mostras recolhidas em julho por pesquisadores da Universidade de Tóquio revelaram altas concentrações de césio radioativo no plâncton marinho perto da usina nuclear de Fukushima, afetada pelo terremoto seguido de tsunami de março passado, informou neste sábado a emissora local NHK.

Image mostra a usina de Fukushima momentos depois do tsunami, em março
Image mostra a usina de Fukushima momentos depois do tsunami, em março
Foto: Reuters

Os pesquisadores, pertencentes à faculdade de Ciências Marinhas e Tecnologia de Tóquio, disseram que as mostras, recolhidas em 60 km desde a costa de Iwaki, ao sul da usina, e a 3 km da margem, revelaram zooplâncton com até 669 becquerels por quilo de césio radioativo.

Segundo o estudo, uma grande variedade de peixes se alimenta deste plâncton com o que a contaminação poderia se acumular na cadeia alimentar e ter um impacto muito maior para espécies marinhas maiores. O líder da pesquisa, professor Takashi Ishimaru, afirmou à NHK que o zooplâncton foi contaminado pelas correntes marinhas, que arrastam a água contaminada ao sul da usina nuclear.

Segundo Takashi, os estudos com base nas mostras recolhidas são necessários para determinar durante quanto tempo a água contaminada afetará os peixes. No final de junho, a empresa administradora do complexo nuclear de Fukushima, Tokyo Electric Power Company (Tepco), já detectou estrôncio radioativo no leito marinho próximo à usina, mais especificamente estrôncio-89 e estrôncio-90, dois elementos gerados pela fissão de átomos de urânio, com vida média de 29 anos.

Desde o início da crise nuclear, em 11 de março, a Agência de Segurança Nuclear do Japão e o Ministério de Pesca do país realizam análises para investigar o impacto da acumulação das substâncias radioativas na vida marinha. Depois do início da crise atômica, a pior desde Chernobyl em 1986, estima-se que entre 21 de março e 30 de abril a usina tenha liberado ao mar cerca de 15 mil terabecquerels de césio e iodo radioativo.

EFE   
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