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Ásia

Equipes buscam por novos sinais do voo MH370 no Índico

8 abr 2014 - 06h29
(atualizado às 06h35)
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Ministro da Defesa da Austrália, David Johnston, reiterou as dificuldades com as quais a operação tem que lidar, como a extensão da área de buscas e os 4,5 mil metros de profundidade do leito marinho
Ministro da Defesa da Austrália, David Johnston, reiterou as dificuldades com as quais a operação tem que lidar, como a extensão da área de buscas e os 4,5 mil metros de profundidade do leito marinho
Foto: Reuters

As equipes de resgate estão à procura de novos sinais que possam ser de uma caixa-preta antes de enviar o submarino não tripulado para o fundo do Oceano Índico, onde continuam nesta terça-feira os trabalhos de rastreamento para localizar o avião desaparecido da Malaysia Airlines.

A embarcação australiana Ocean Sheild, que transporta o submarino Bluefin-21, captou no domingo dois sinais, um de duas horas e 20 minutos e outro de 13 minutos, cuja frequência coincide com a emitida por uma caixa-preta.

"Não houve contatos adicionais com nenhum tipo de transmissão e necessitamos continuar (com as buscas) durante os próximos dias até que não tenhamos dúvidas de que as baterias (da caixa-preta) se esgotaram", disse o coordenador da operação, Angus Houston, em entrevista coletiva.

O chefe do Centro de Coordenação de Agências Conjuntas, criado pela Austrália para orientar as buscas, disse que são necessários novos sinais para melhorar as informações disponíveis sobre o leito marinho e estabelecer uma área de buscas antes de enviar o Bluefin-21, cujo raio de ação é limitado.

Houston explicou que a transmissão de um novo sinal é imprescindível para determinar um ponto onde será realizada a busca visual de possíveis destroços do avião, uma tarefa que é muito "lenta e meticulosa" e que vai durar vários dias em águas "muito profundas".

Com essas declarações, Houston descartou a possibilidade do envio "a qualquer momento" do submarino, como tinha cogitado horas antes em entrevista à emissora local "ABC".

Já o ministro da Defesa da Austrália, David Johnston, reiterou na mesma entrevista coletiva as dificuldades com as quais a operação tem que lidar, como a extensão da área de buscas e os 4,5 mil metros de profundidade do leito marinho.

Jonhston disse que estão sendo utilizadas 20 boias de sonar para tentar determinar o possível ponto de entrada do avião na água e obter "uma importante peça deste quebra-cabeças". "Estamos buscando muito ativamente em lugares onde deveria haver destroços do avião", disse Johnston que garantiu que "temos muitos dias pela frente de trabalho intenso".

Participam da operação 11 aviões militares, três civis, e 14 embarcações, que se concentra principalmente nas profundezas do oceano, mas prossegue com as buscas aéreas na superfície marinha, segundo o ministro.

As buscas de hoje estão concentradas em uma área de 77.580 quilômetros quadrados situada a 2.268 quilômetros ao noroeste de Perth, na costa oeste da Austrália, de acordo com o Centro de Coordenação de Agências Conjuntas em seu último comunicado.

As equipes de resgate também trabalham no local onde o navio chinês Haixun 01 detectou sinais na sexta-feira e no sábado em um ponto situado a cerca de 600 quilômetros ao sul do lugar onde está o Ocean Shield.

O voo MH370 saiu de Kuala Lumpur com 239 pessoas a bordo rumo a Pequim na madrugada do dia 8 de março (tarde do dia 7 no Brasil) e desapareceu dos radares civis da Malásia cerca de 40 minutos após a decolagem.

EFE   
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