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Ásia

Economia, migração e Coreia do Norte no discurso do estado da União de Obama

12 fev 2013 - 14h58
(atualizado às 15h17)
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pronunciará nesta terça-feira o discurso sobre o estado da União centrado no estímulo da economia e em reformas vitais, como a migratória, mas sua atenção também estará voltada para a crise após o teste nuclear da Coreia do Norte.

Poucas horas antes de Obama apresentar a mensagem às 21H00 locais (0H00 de Brasília) no Congresso, tradicionalmente concentrado nos assuntos internos, o presidente terá que responder ao teste nuclear, que chamou de "provocação".

Obama, apenas três semanas depois da posse para o segundo mandato de quatro anos, defendeu uma resposta internacional "rápida" e "crível" ante o regime de Pyongyang.

Mas, apesar da crise, o discurso do presidente permanecerá centrado na criação de empregos e nas dificuldades econômicas que ameaçam a frágil recuperação americana, segundo o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

"A ênfase de sempre destes grandes discursos permanece e permanecerá igual, na necessidade de fazer com que a economia trabalhe para a classe média", completou, a respeito do discurso, que traçará as prioridades do governo nos próximos meses.

O pedido do presidente de um equilíbrio orçamentário terá mais urgência, já que em 1º de março entrariam automaticamente em vigor grandes cortes, que poderiam ameaçar o ainda instável crescimento econômico, a menos que republicanos e democratas cheguem a acordos.

Obama renovará o pedido de aprovação de impostos maiores aos ricos, ao lado de investimentos em infraestrutura, educação e energias "verdes", em uma mensagem que oferecerá a um Congresso dividido, com a Câmara de Representantes de maioria republicana, representantes dos outros poderes, e que será assistida por milhões de americanos.

Mas no discurso, de quase uma hora de duração, Obama não deixará de lado temas que transformou em prioridade no segundo mandato, como o controle das vendas de armas, após o massacre de crianças em Connecticut em dezembro, e uma reforma migratória integral.

Depois de uma eleição que demonstrou o crescente poder do voto latino, a principal minoria do paós, Obama intensificou a luta por uma reforma migratória, que inclua a possibilidade de cidadania para os mais de 11 milhões de ilegais no país, a maioria deles latino-americanos.

Enquanto um grupo bipartidário de oito senadores senadores alcançou um acordo de princípio para abordar a reforma no Congresso, os republicanos na Câmara de Representantes ainda não estão muito convencidos.

Na estratégia de viajar pelo país para defender suas iniciativas, Obama fez um discurso em 29 de janeiro em Las Vegas, Nevada, para defender a reforma, que deseja concretizar ainda este ano.

Como um sinal, entre os convidados para ouvir o discurso ao lado da primeira-dama, Michelle Obama, no Congresso estará Alan Alemán, um jovem mexicano em situação ilegal que se beneficiou de uma medida do governo para impedir sua deportação, segundo uma fonte da Casa Branca.

Imigrantes e organizações civis, mobilizados para defender uma reforma que fracassou no Congresso no passado, devem se reunir em várias cidades para acompanhar o discurso.

A resposta republicana a Obama estará a cargo da estrela ascendente do partido, o senador de origem hispânica Marco Rubio, que falará tanto em inglês como em espanhol. O congressista é uma figura chave, pois integra o grupo bipartidário do Senado dedicado à imigração.

Apesar do discurso sobre o estado da União não aprofundar temas internacionais, Obama anunciará o desejo de repatriar do Afeganistão 34.000 dos 66.000 soldados nos próximos 12 meses, segundo uma fonte do governo.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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