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Ásia

Coreia do Sul recupera navio que afundou próximo ao Norte

15 abr 2010 - 08h33
(atualizado às 09h14)
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A Coreia do Sul recuperou nesta quinta-feira a popa de um navio de guerra que afundou depois de uma explosão inexplicada próximo a uma fronteira marítima disputada com a Coreia do Norte, e vai investigar se o governo norte-coreano teve alguma responsabilidade no incidente que matou dezenas de pessoas.

Navio Cheonan da Marinha sul-coreana é retirado das águas do Mar Amarelo, próximo à ilha de Baengnyeong
Navio Cheonan da Marinha sul-coreana é retirado das águas do Mar Amarelo, próximo à ilha de Baengnyeong
Foto: EFE

O Ministério de Defesa da Coreia do Sul disse neste mês que o navio Cheonan, de 1,2 mil toneladas, poderia ter sido atingido por um torpedo, colocando imediatamente a Coreia do Norte sob suspeita e incitando temores de que o incidente poderia levar a um conflito na península, já dividida historicamente.

Quatro corpos dos 46 marinheiros que estavam desaparecidos foram recuperados até agora da popa do navio, que supostamente afundou junto com dezenas de tripulantes, de acordo com o Ministério de Defesa.

Autoridades do governo disseram que Seul estava considerando todas as possibilidades para o naufrágio e esperava que a popa resgatada oferecesse pistas sobre a causa da explosão.

A operação ocorre no momento em que tensões na península aumentam, com o congelamento de ativos de uma empresa sul-coreana na Coreia do Norte responsável por um projeto conjunto de turismo ao norte da fronteira que já foi símbolo de cooperação entre os países.

A popa foi levantada acima da superfície da água de manhã e ficou drenando antes de ser colocada em um barco para ser transportada.

Seul tem poucas opções para recorrer se a Coreia do Norte estiver por trás do naufrágio, mas provavelmente não adotaria uma postura agressiva porque isso poderia levar a um grande conflito que prejudicaria os interesses do Sul, disseram analistas.

"Eu não acredito que o governo sul-coreano irá para guerra por isso... provavelmente tentará lidar com a questão de forma mais diplomática", disse Kim June-kie, um analista de mercados na seguradora SK Securities em Seoul.

Ações em Wall Street caíram quando surgiram as primeiras informações sobre o naufrágio do Cheonan no dia 26 de março, dizendo que o Sul suspeitava de um possível ataque de torpedo da Coreia do Norte.

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