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Ásia

Coreia do Sul não detecta radiação em seu território após teste nuclear

14 fev 2013 - 10h49
(atualizado às 10h55)
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As autoridades da Coreia do Sul não detectaram mudanças nos níveis de radiação em seu território, nem substâncias que poderiam fornecer informações sobre o teste nuclear feito pela Coreia do Norte na última terça-feira.

"Dois dias após o teste nuclear da Coreia do Norte, concluímos a análise de oito amostras, mas por enquanto não descobrimos isótopos radioativos", afirmou nesta quinta-feira a Comissão de Segurança Nuclear sul-coreana à agência local Yonhap.

Segundo os especialistas, os materiais radioativos podem levar dias para chegar à fronteira intercoreana no paralelo 38, área onde a Comissão de Segurança Nuclear sul-coreana está recolhendo amostras de ar.

A Coreia do Norte confirmou na última terça-feira a realização do teste nuclear na base de Punggye-ri, no nordeste do país, mas a única evidência detectada no exterior foi um terremoto de origem artificial de aproximadamente 5 graus na escala Richter que supostamente correspondeu à detonação.

Caso a explosão tenha utilizado urânio altamente enriquecido, serão confirmados os temores da Coreia do Sul e dos EUA de que o país comunista esteja desenvolvendo uma nova - e talvez mais perigosa - via para produzir armas nucleares.

Enquanto as autoridades sul-coreanas tratam de confirmar a natureza do teste norte-coreano, fontes do Ministério da Unificação descartaram hoje uma mudança nas políticas de Seul em relação à Coreia do Norte, apesar de uma crescente minoria conservadora pedir a adoção de uma linha mais dura.

Uma autoridade anônima do Ministério comentou a Yonhap que Seul vai continuar buscando negociações para a desnuclearização do país comunista, ao invés de reconhecer seu status de potência nuclear e começar a desenvolver seu próprio arsenal atômico, como reivindicam alguns grupos.

O teste nuclear da Coreia do Norte, o terceiro depois dos realizados em 2006 e 2009, gerou uma onda de reprovações na comunidade internacional, e espera-se que os EUA, a Coreia do Sul e a ONU imponham novas sanções ao regime de Kim Jong-un.

EFE   
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