Coreia do Sul e Japão se enfrentam novamente pela soberania de Liancourt
Coreia do Sul e Japão se enfrentaram nesta sexta-feira novamente pela soberania das Rochas Liancourt, que para os japoneses se chama Takeshima e para os sul-coreanos Dokdo, e pelas quais o Japão reivindicou a propriedade em um documento oficial que o classifica como um território "historicamente" japonês.
O governo japonês argumentou em seu recém-publicado Livro Azul Diplomático de 2016 que o arquipélago "claramente" pertence ao Japão, uma afirmação que a Coreia do Sul, país que controla administrativamente a região do Mar do Leste, tachou hoje de "deplorável".
A disputa pelo controle do local gerou em várias ocasiões atritos diplomáticos entre ambos os países e espera-se que a Coreia do Sul apresente durante o dia um protesto formal perante a embaixada japonesa em Seul, segundo a agência "Yonhap".
"É mais do que deplorável que o governo japonês reitere sua injustificada reivindicação sobre estas ilhas, um território sul-coreano dos pontos de vista histórico, geográfico e do direito internacional. O Executivo pediu uma retificação imediata", afirmou em entrevista coletiva o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores sul-coreano, Cho June-hyuck.
O Executivo japonês aprovou recentemente os novos livros didáticos para estudantes do ensino médio nos quais acusa a Coreia do Sul de ocupar ilegalmente este território.
A disputa pelas Rochas de Liancourt é um tema de extrema sensibilidade na Coreia do Sul, um país onde se multiplicam os protestos das autoridades e dos cidadãos cada vez que o Japão questiona sua soberania.
Seul mantém o controle de fato destas duas ilhotas e 35 rochas que no total somam 0,2 quilômetros quadrados e que são habitados por dois idosos sul-coreanos, embora a presença militar seja constante.