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Ásia

Coreia do Norte se irrita com exercícios militares de EUA e Coreia do Sul

2 mar 2015 - 16h18
(atualizado às 16h18)
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A Coreia do Norte disparou dois mísseis de pequeno-alcance de sua costa leste nesta segunda-feira, disseram autoridades sul-coreanas, uma resposta desafiadora aos exercícios militares conjuntos realizados anualmente entre Coreia do Sul e Estados Unidos, o que gerou um rápido protesto do Japão.

Líder norte-coreano, Kim Jong Un, durante encontro da Comissão Central Militar, em Pyongyang, na Coreia do Norte, em fevereiro. 23/02/2015
Líder norte-coreano, Kim Jong Un, durante encontro da Comissão Central Militar, em Pyongyang, na Coreia do Norte, em fevereiro. 23/02/2015
Foto: Agência KCNA / Reuters

O lançamento aconteceu horas antes dos exercícios militares norte-americano e sul-coreano começarem, exercícios que o Norte denuncia como uma preparação para a guerra.

Os mísseis caíram no mar entre a península coreana e o sul do Japão no início da manhã desta segunda-feira, após viajar cerca de 490 quilômetros, de acordo com o ministro da Defesa da Coreia do Sul.

O porta voz do ministro, Kim Min-seok, disse que a Coreia do Norte disparou os mísseis sem designação de zonas proibidas para navegação, o que foi considerado uma provocação.

"Se a Coreia do Norte tomar ações provocativas, nosso Exército vai reagir firme e fortemente para fazer com que o Norte se arrependa", disse Kim em entrevista coletiva.

Um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano disse que tal lançamento de mísseis representa uma ameaça à paz na região.

O porta-voz também disse que os EUA pedem à Coreia do Norte que "se abstenha de ações provocativas que elevem tensões na região".

Pyongyang intensificou sua retórica contra os exercícios, e um porta-voz do escritório geral do Exército disse que Washington e Seul "deveriam ser tratados apenas com ataques sem misericórdia".

O Japão rapidamente protestou com a Coreia do Norte sobre os últimos lançamentos de mísseis, dizendo que é uma séria ameaça à segurança marítima e aérea.

O Japão traça uma linha fina entre transmitir sua condenação a Pyongyang por conta de tais ações, enquanto tenta não prejudicar as conversas bilaterais para resolver a questão dos cidadãos japoneses sequestrados por agentes norte-coreanos décadas atrás.

Em julho, o Japão diminuiu algumas sanções contra a Coreia do Norte em troca da reabertura de uma investigação sobre o paradeiro dos japoneses desaparecidos, mas pouco progresso tem sido feito até agora.

A Coreia do Norte frequentemente testa mísseis de pequeno-alcance na sua costa como parte de treinamentos militares.

A Organização das Nações Unidas (ONU) impôs sanções proibindo a Coreia do Norte de usar tecnologias de mísseis balísticos.

(Reportagem adicional de Kaori Kaneko e Kiyoshi Takenaka, em Tóquio; e de David Brunnstrom, em Washington)

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