PUBLICIDADE

Ásia

Coreia do Norte promete testes atômicos tendo EUA como alvo

24 jan 2013 - 09h07
(atualizado às 09h46)
Compartilhar

A Coreia do Norte disse na quinta-feira que irá realizar novos lançamentos de foguetes e testes de armas nucleares tendo os Estados Unidos como alvo, numa dramática elevação do tom das suas ameaças contra o seu "inimigo declarado".

Imagem de vídeo da agência KCNA mostra o lançamento do foguete Unha-3 em plataforma na província de Pyongan do Norte, na Coreia do Norte, em dezembro de 2012. A Coreia do Norte disse que irá realizar novos lançamentos de foguetes e testes de armas nucleares tendo os Estados Unidos como alvo, numa dramática elevação do tom das suas ameaças contra o seu "inimigo declarado". 13/12/2012
Imagem de vídeo da agência KCNA mostra o lançamento do foguete Unha-3 em plataforma na província de Pyongan do Norte, na Coreia do Norte, em dezembro de 2012. A Coreia do Norte disse que irá realizar novos lançamentos de foguetes e testes de armas nucleares tendo os Estados Unidos como alvo, numa dramática elevação do tom das suas ameaças contra o seu "inimigo declarado". 13/12/2012
Foto: KCNA / Reuters

O anúncio feito pelo principal órgão militar norte-coreano ocorre um dia depois de o Conselho de Segurança da ONU aprovar uma resolução que condena a Coreia do Norte por ter lançado um foguete em dezembro, violando sanções internacionais anteriores.

"Não estamos disfarçando o fato de que vários satélites e foguetes de longo alcance que iremos disparar e um teste nuclear de alto nível que iremos realizar estão direcionados para os Estados Unidos", disse a Comissão Nacional de Defesa da Coreia do Norte, segundo a agência estatal de notícias KCNA.

A Coreia do Sul e outros observadores acreditam que a Coreia do Norte está "tecnicamente pronta" para um terceiro teste nuclear, e a decisão de ir adiante depende do dirigente Kim Jong-un.

A China, único aliado diplomático importante da isolada Coreia do Norte, concordou com a nova resolução da ONU, assim como havia aceitado a imposição de sanções após testes nucleares feitos por Pyongyang em 2006 e 2009.

A chancelaria chinesa pediu calma e moderação à Coreia do Norte depois do anúncio da quinta-feira, e propôs a retomada da negociação multilateral para a desnuclearização da península coreana, um processo que envolveu EUA, China, Rússia, Japão e as duas Coreias.

Analistas dizem que a Coreia do Norte pode realizar seu teste já em fevereiro. Uma hipótese é que Pyongyang faça a explosão coincidir com o aniversário do falecido líder Kim Jong-il, em 16 de fevereiro.

"A Coreia do Norte vai se sentir traída pela China por ter acatado a mais recente resolução da ONU, e podem estar se voltando também ", disse Lee Seung-yeol, pesquisador-sênior do Instituto Ewha de Estudos da Unificação, em Seul.

Washington reagiu à declaração norte-coreana pedindo imediatamente a Pyongyang que não realize seu terceiro teste nuclear.

"Se a Coreia do Norte testa ou não é algo que cabe à Coreia do Norte", disse Glyn Davies, principal enviado diplomático de Washington para a diplomacia com a Coreia do Norte, durante visita a Seul.

"Esperamos que não faça isso. Pedimos a eles que não façam isso", disse Davies após reunião com autoridades sul-coreanas. "Este não é o momento de elevar as tensões na península coreana."

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade