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Ásia

Coreia do Norte deixará de enriquecer urânio em troca de ajuda

17 dez 2011 - 06h12
(atualizado às 06h38)
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O regime comunista da Coreia do Norte se comprometeu a suspender seu programa de enriquecimento de urânio em troca de 240 mil toneladas de ajuda alimentícia por parte dos Estados Unidos, garantiu uma fonte diplomática citada neste sábado pela agência sul-coreana Yonhap.

A fonte, que pediu anonimato, assegurou em Seul que o acordo foi alcançado nas recentes conversas entre o enviado especial dos EUA sobre direitos na Coreia do Norte, Robert King, e o diretor-geral para Assuntos Norte-Americanos do Ministério das Relações Exteriores norte-coreano, Ri Kun.

As partes, que se reuniram na quinta e sexta-feira em Pequim, "alcançaram o acordo com o compromisso da Coreia do Norte de aplicar medidas iniciais de desnuclearização, incluindo a suspensão de seu programa de enriquecimento de urânio", segundo o diplomata.

Segundo a Yonhap, os EUA enviarão a assistência alimentícia, consistente em sua maior parte de biscoitos e suplementos vitamínicos para crianças, em cargas de 20 mil toneladas ao longo dos próximos 12 meses.

Acredita-se que a Coreia do Norte solicitou carregamentos de arroz aos EUA, que temem que os norte-coreanos alimentem militares em prejuízo de civis. O aparente acordo acontece menos de três semanas depois de o regime de Kim Jong-il ter assegurado que seu programa de produção de urânio pouco enriquecido, supostamente para uso civil, avançava em "bom ritmo".

Essa declaração esfriou as expectativas por um pronto reatamento do diálogo multilateral para a desnuclearização da Coreia do Norte, que permanece estagnado desde abril de 2009, quando Pyongyang se retirou do mesmo.

Se for confirmado oficialmente, o acordo alcançado em Pequim representaria um importante passo rumo ao eventual reatamento das conversas de seis lados, que têm a participação das duas Coreias, EUA, China, Japão e Rússia.

Segundo a Yonhap, EUA e Coreia do Norte poderão manter uma nova rodada de contatos a partir da próxima quinta-feira para abordar o possível reinício do diálogo multilateral.

EFE   
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