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Ásia

Coreia do Norte corta única linha de comunicação com Coreia do Sul

11 mar 2013 - 00h19
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A Coreia do Norte cortou nesta segunda-feira a única linha de comunicação entre as duas Coreias, localizada na aldeia fronteiriça de Panmunjom, depois que Seul e Washington iniciaram uma nova manobra militar, informou à Agência Efe um porta-voz do Ministério da Unificação de Seul.

O Ministério tentou estabelecer uma conexão telefônica sem sucesso na primeira hora, o que indica que, conforme as ameaças da semana passada, o Norte desligou a única via de comunicação com o Sul, utilizada geralmente para assuntos urgentes, afirmou o porta-voz.

O regime de Kim Jong-un anunciou na semana passada que hoje, dia do início das manobras "Key Resolve" entre Seul e Washington, cortaria a linha de Panmunjom e anularia o acordo de armistício que pôs fim à Guerra da Coreia (1950-53).

Esta manhã, a Coreia do Sul e os EUA iniciaram seu exercício militar anual "Key Resolve", apesar das ameaças da Coreia do Norte, que ontem prometeu iniciar uma "guerra sem quartel" contra ambos os aliados.

Devido ao tom elevado das ameaças da Coreia do Norte, as forças conjuntas de defesa de Seul e Washington mantêm um alerta elevado diante do temor que o regime comunista realize algum tipo de agressão física contra o Sul.

Os aliados, cujo exercício militar "Key Resolve" se combina com outro atualmente em curso, o "Foal Eagle", acreditam na possibilidade de Pyongyang também iniciar manobras militares em grande escala nesta semana.

As ameaças do Norte, que estes dias criaram um ambiente de alta tensão na península coreana, respondem não só aos exercícios militares que considera como uma agressão dos "inimigos", mas também em relação à recente ampliação das sanções da ONU ao país comunista.

Na quinta-feira passada, o Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade a resolução 2094, que amplia as sanções ao regime de Kim Jong-un por conta do último teste nuclear realizado pelo país no dia 12 de fevereiro, o terceiro após 2006 e 2009.

Os EUA mantêm 28.500 soldados no território sul-coreano para defenderem seu aliado diante de um hipotético ataque do Norte, seis décadas após o armistício que decretou o fim da Guerra da Coreia. Os dois países continuam tecnicamente em guerra, pois nenhum acordo de paz foi formalizado desde então.

EFE   
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