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Ásia

Coreia do Norte convida inspetores da ONU para visita ao país

19 mar 2012 - 18h03
(atualizado em 20/3/2012 às 00h32)
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As autoridades da Coreia do Norte convidaram a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para uma visita técnica ao país, três anos após expulsar os inspetores que verificavam o programa nuclear do país.

"Recebemos um convite no dia 16 de março. Vamos discutir os detalhes da visita com a Coreia do Norte e com as demais partes envolvidas", anunciou nesta segunda-feira Gill Tudor, porta-voz do organismo atômico da ONU, na sede da instituição, em Viena.

A Coreia do Norte convidou os inspetores a ajudar a implementar o recente acordo com os Estados Unidos, que prevê uma moratória das atividades nucleares de Pyongyang em troca de ajuda alimentar.

A proposta foi formulada na noite desta segunda-feira, em Pequim, pelo chefe dos negociadores norte-coreanos, Ri Yong-ho, segundo a TV sul-coreana KBS.

Pyongyang anunciou na sexta-feira passada que em meados de abril lançará um foguete para colocar em órbita um satélite civil de observação, o que provocou surpresa na comunidade internacional e semeou dúvida sobre a aplicação do acordo firmado com Washington em 29 de fevereiro passado.

"Nossa posição é aplicar a totalidade do acordo entre DPRK (Coreia do Norte) e Estados Unidos anunciado no dia 29 de fevereiro", declarou o chefe dos negociadores norte-coreanos, Ri Yong-ho, à imprensa. "Com a finalidade de implementar este acordo, enviamos o convite à AIEA para que mandem inspetores ao nosso país".

Segundo a TV sul-coreana KBS, o negociador norte-coreano fez tais declarações após se encontrar com seu homólogo chinês, Wu Dawei. "O lançamento do satélite é uma coisa e o acordo DPRK-EUA, outra", disse Ri Yong-ho, que pediu a Washington que respeite seus compromissos e forneça a ajuda alimentar.

Segundo o acordo firmado entre Pyongyang e Washington, os norte-coreanos se comprometem a suspender seus lançamentos de mísseis de longo alcance, testes nucleares e atividades de enriquecimento de urânio. Em troca, os Estados Unidos fornecerão 240 mil toneladas de alimentos.

O regime em Pyongyang, que garante que o lançamento do satélite tem objetivos pacíficos, convidou especialistas e jornalistas estrangeiros para assistir a operação, prevista para entre 12 e 16 de abril, para comemorar o centenário de nascimento do fundador da Coreia do Norte, Kim Il-sung.

Mas Estados Unidos e seus aliados afirmam que o lançamento é um teste dissimulado de míssil, o que viola as resoluções da ONU proibindo provas balísticas na Coreia do Norte.

Com informações da agência EFE

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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