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Ásia

Coreia do Norte ameaça responder manobras militares de Seul e Washington

13 ago 2015 - 00h17
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A Coreia do Norte ameaçou nesta quinta-feira responder com represálias aos exercícios militares conjuntos de Seul e Washington, o que contribuiu para elevar o ambiente de tensão na região desde o incidente com minas envolvendo soldados sul-coreanos.

O regime de Kim Jong-un garantiu que responderá com "ataques sem piedade" às manobras militares de verão que os aliados começaram na quarta-feira em território sul-coreano e que considera uma "provocação", segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores de Pyongyang, divulgado pela agência estatal "KCNA".

A chancelaria destacou que o Exército Popular norte-coreano "tomará todas as medidas necessárias" contra o que qualificou como uma tentativa dos EUA de provocar uma guerra nuclear na península da Coreia.

Cerca de 2.000 soldados sul-coreanos e americanos de 47 unidades participam em um total de quatro exercícios nas manobras conjuntas de 2015, que têm uma maior dimensão que em exercícios anteriores.

O novo confronto entre a Coreia do Norte e os aliados acontece em um momento de elevada tensão desde que, no último dia 4, dois soldados sul-coreanos ficaram gravemente feridos na explosão de três minas nos arredores da fronteira norte-coreana.

Seul concluiu que as minas foram colocadas por soldados do Norte que, sem serem vistos, teriam penetrado 440 metros em território sul-coreano entre os dias 26 de julho e 1º de agosto.

A Coreia do Norte por enquanto não se pronunciou em seus meios estatais para confirmar ou desmentir seu envolvimento.

Por sua parte, a Coreia do Sul emitiu uma ordem de alerta máximo na região e mantém preparada sua artilharia perante a possibilidade de novas agressões.

Além disso, retomou a chamada "guerra psicológica" ao reativar pela primeira vez em mais de uma década os alto-falantes na fronteira que enviam mensagens contra o regime dos Kim.

Norte e Sul permanecem tecnicamente confrontados desde a Guerra da Coreia (1950-53), que terminou com um armistício, nunca substituído por um tratado de paz definitivo.

EFE   
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