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Ásia

Conselho de Segurança da ONU repreende Coreia do Norte e amplia sanções

22 jan 2013 - 18h46
(atualizado às 18h51)
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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou por unanimidade nesta terça-feira a Coreia do Norte por ter lançado um foguete em dezembro, numa resolução que também ampliou as sanções ao país, após um acordo entre Estados Unidos e China.

Embora o texto não imponha novas sanções contra Pyongyang, diplomatas disseram que o apoio de Pequim à medida representou um duro golpe para o regime norte-coreano, que tem na China o seu maior aliado internacional.

A resolução diz que o Conselho "deplora as violações" de resoluções anteriores pela Coreia do Norte, que já estava proibida de realizar testes com mísseis balísticos e armas nucleares.

O texto diz ainda que o Conselho "expressa sua determinação de tomar medidas significativas em caso de um novo lançamento ou teste nuclear por parte da RPDC (sigla oficial da Coreia do Norte)".

A resolução acrescenta seis entidades norte-coreanas, inclusive sua agência espacial e o homem que a dirige, Paek Chang-ho, a uma "lista-negra" pré-existente. Outros três indivíduos também foram incluídos na lista de sanções.

As entidades e indivíduos terão seus bens no exterior congelados. Paek e outras pessoas citadas na resolução desta terça-feira também ficam proibidos de fazer viagens internacionais.

A Coreia do Norte ameaçou acelerar suas atividades militares, incluindo seu programa de armas nucleares, depois que a condenação ao lançamento de dezembro foi aprovada no Conselho de Segurança.

"Vamos tomar medidas para impulsionar e fortalecer o nosso poder militar de defesa, incluindo a dissuasão nuclear", disse o chanceler norte-coreano em comunicado publicado pela agência estatal KCNA.

A embaixadora norte-americana na ONU, Susan Rice, celebrou a adoção de "novas sanções" à Coreia do Norte. Outros diplomatas, porém, disseram que seria um exagero qualificar as medidas como novas sanções, mas ressaltaram a importância da adesão da China.

"Pode não ser muito, mas a posição chinesa é significativa. A perspectiva de um (novo) teste nuclear (norte-coreano) pode ter mudado o jogo (para Pequim)", disse essa fonte.

As resoluções da ONU já proíbem a Coreia do Norte de desenvolver tecnologia para armas nucleares e mísseis balísticos, mas imagens de satélite mostram que o regime trabalha regularmente em seu local de testes atômicos, provavelmente preparando uma terceira detonação experimental.

Os Estados Unidos pretendiam punir a Coreia do Norte pelo lançamento do foguete com uma resolução que impusesse novas sanções, mas a China se opôs.

Apesar da afinidade ideológica com Pyongyang, a China havia concordado com as sanções da ONU depois de testes nucleares ocorridos em 2006 e 2009.

(Reportagem de Louis Charbonneau)

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