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Ásia

Conflito entre insurgentes deixa 61 mortos no Paquistão

27 jan 2013 - 11h46
(atualizado às 12h27)
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Pelo menos 61 insurgentes morreram em enfrentamentos que já duram três dias entre dois grupos islamitas que disputam terras na região tribal de Khyber, no noroeste do Paquistão, informou neste domingo a agência Geo. Os distúrbios entre os dois grupos rivais, Ansarul Islã e Tahrik-el-Talibã Paquistão, começaram na noite da quinta-feira em uma remota área do vale do Tirah, segundo afirmaram fontes não identificadas ao canal de televisão paquistanesa.

Os choques explodiram quando membros do Ansarul Islã atacaram integrantes do Tahrik-el-Talibã Paquistão para recuperar uma base que tinha sido tomada pela facção inimiga. Fontes próximas ao grupo Ansarul Islã asseguraram à Geo que nunca permitirão que o Tahrik-el-Talibã Paquistão se instale no vale de Tirah porque não aprovam as campanhas de terror que o rival pratica no Paquistão.

"Este grupo realiza ataques em mesquitas e lugares públicos, algo que vai contra o islã", afirmou o porta-voz do Ansarul Islã, Sadat Afridi, ao jornal Dawn. De acordo com à Geo, os dois grupos armados empregam armamento pesado durante os enfrentamentos, o que fez com que centenas de famílias fossem obrigadas a sair de suas casas e buscarem refúgio.

O vale do Tirah fica em um terreno montanhoso na fronteira com o Afeganistão e por isso é muito cobiçado pelos grupos islamitas armados como base de operações, pois é um local de difícil acesso.

Khyber é uma das sete áreas tribais do Paquistão que nunca estiveram sob completo controle da administração central e serviram durante anos como refúgio para membros da rede terrorista Al Qaeda e de facções de talibãs afegões e paquistaneses.

Desde o final de 2011, o Exército paquistanês combate os fundamentalistas armados pelo controle do triângulo formado pelas demarcações tribais de Orakzai, Khyber e Kurram, que dão entrada ao Afeganistão e às fortificações insurgentes situados mais ao sul.

Os combates entre as forças de segurança e os grupos islamitas armados causaram em 2012 uma onda de refugiados, que segundo associações humanitárias chegou a meio milhão de pessoas.

EFE   
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