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Ásia

Com ventos de 315 km/h, tufão Haiyan deixa ao menos 138 mortos nas Filipinas

9 nov 2013 - 14h03
(atualizado às 14h05)
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Pelo menos 138 pessoas morreram nas Filipinas após a passagem do tufão Haiyan, que castigou ontem o centro do país com rajadas de vento de até 315 km/h, embora para a Cruz Vermelha o número de vítimas possa ser muito maior.

O Conselho de Gestão e Redução de Desastres do país confirmou 138 mortes, enquanto a agência filipina de notícias "PNA" informou que outras 14 pessoas ficaram feridas e que pelo menos quatro estão desaparecidas.

"Ainda estamos calculando quanta gente morreu devido ao tufão, mas parece que são muito mais dos pouco mais de cem dos quais se falava a princípio", afirmou à Agência Efe o chefe de delegação da Cruz Vermelha espanhola nas Filipinas, Roger Alonso.

Acredita-se que a cidade de Tacloban, capital da província de Leyte, na costa leste das Filipinas, é uma das mais afetadas por Haiyan, mas até não haja confirmação dos danos concretos na região, que esteve sem comunicação a maior parte do dia de ontem.

Nas primeiras imagens de destruição na zona que hoje começaram a ser divulgadas, podem ser vistas casas completamente destruídas, estradas intransitáveis devido ao grande número de postes da luz e de telefone caídos, objetos arrancados e arrastados pelo vento e árvores totalmente partidas.

Militares enviados à região para realizar operações de resgate afirmaram à imprensa local que a destruição em Tacloban é "inimaginável".

"A devastação é total. Se estivesse em Tacloban antes, nem poderia reconhecer a cidade agora", disse à agência "PNA" o tenente do exército Jim Alagao.

Tanto a ministra de Bem-estar Social e Desenvolvimento, Dinky Soliman, como o diretor-executivo do Conselho de Gestão e Redução de Desastres, Eduardo del Rosario, foram até Tacloban, que além disso sofreu inundações por uma forte alta da maré.

O Conselho de Gestão e Redução de Desastres das Filipinas calcula que cerca de 4,3 milhões de pessoas foram afetadas por Haiyan. Por sua vez, o Ministério de Bem-estar Social e Desenvolvimento informou que mais de 487 mil pessoas estão em 2.467 centros de abrigo e pediu voluntários para ajudar os desabrigados.

Antes da chegada deste último tufão às Filipinas, o 24º do ano, os meteorologistas tinham alertado que poderia ter um efeito devastador maior que o tufão Bopha, que em 2012 deixou cerca de mil mortos.

Após arrasar o centro e o sul das Filipinas, Haiyan está no mar do Sul da China e segue em direção ao Vietnã, onde as autoridades já iniciaram a retirada de 100 mil pessoas de suas residências.

A agência meteorológica das Filipinas informou hoje que espera-se que até o final do ano passarão pelo país outras quatro tempestades de grande intensidade.

EFE   
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