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Ásia

Com ventos de 210 km/h tufão Hagupit chega às Filipinas

Mais de 600 mil habitantes das zonas costeiras foram abrigados em refúgios

6 dez 2014 - 12h51
(atualizado às 13h35)
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<p>Imagem disponibilizada pela Administra&ccedil;&atilde;o Oce&acirc;nica e Atmosf&eacute;rica Nacional (NOAA) mostra o Tuf&atilde;o Hagupit se aproximando das Filipinas em 5 de dezembro</p><p>&nbsp;</p>
Imagem disponibilizada pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) mostra o Tufão Hagupit se aproximando das Filipinas em 5 de dezembro 
Foto: NOAA / AP

O tufão Hagupit chegou às Filipinas neste sábado, atingindo a Ilha de Samar, na região oriental das Filipinas, afirmou Mark Timbal, porta-voz do Conselho Nacional de Gestão e Redução de Risco.

Segundo as autoridades, o tufão Hagupit chegou a comunidades pesqueiras remotas da Ilha de Samar com rajadas de vento de 210 km por hora.

Chuvas torrenciais e ventos fortes já haviam atingido o leste das Filipinas neste sábado, antes da chegada do tufão que ameaça regiões já devastadas pelo supertufão que atingiu o país no ano passado, deixando milhares de mortos.

Antes da chegada do tufão Hagupit, 600.000 habitantes das zonas costeiras foram abrigados em refúgios e mais pessoas são aguardadas nesses locais neste sábado.

Segundo as previsões, depois de o Hagupit passar pela Ilha de Samar (leste), ele deve chegar às regiões centrais, em sua maior parte dedicadas à agricultura, e possivelmente a Manila, capital do país, com mais de 12 milhões de habitantes.

<p>Centenas de moradores se refugiaram na capital da prov&iacute;ncia de Surigao, nas Filipinas</p>
Centenas de moradores se refugiaram na capital da província de Surigao, nas Filipinas
Foto: Erwin Mascarinas / AP

Haiyan, a forte tempestade registrada no ano passado, com ventos de 315 km/hora, deixou 7.350 mortos e desaparecidos, arrasando o centro das Filipinas.

Em Tacloban, uma das cidades mais afetadas por Haiyan, milhares de pessoas já ocupavam neste sábado em escolas, igrejas e outros abrigos.

Mais de 10.000 pessoas receberam a ordem de se refugiar em prédios seguros, de acordo com a prefeita de Catbalogan Stephany Uy-Tan.

"Nós não queremos que as pessoas entrem em pânico, mas ordenei evacuações forçadas para proteger os habitantes", disse a prefeita à AFP por telefone.

Apenas na região oriental de Bicol, as autoridades afirmaram que eram esperadas 2,5 milhões de pessoas -a metade da população local- nos abrigos no fim da tarde deste sábado.

Cerca de 50 milhões de pessoas, a metade da população, vivem em áreas vulneráveis, disse à AFP a Secretária de Bem-Estar Social, Corazón Soliman.

O arquipélago filipino é a primeira grande massa terrestre golpeada por tufões e grandes tempestades tropicais procedentes do Oceano Pacífico. Durante o ano são registradas em média 20 grandes tempestades, e muitas delas deixam vítimas.

O país em desenvolvimento, com 100 milhões de habitantes tem sido atingido por violentas tempestades nos últimos anos, o que, segundo especialistas, se deve às mudanças climáticas.

Em 2011 e 2012, essas tempestades deixaram cerca de 3.000 mortos no país. E em julho deste ano, o tufão Rammasun matou 111 pessoas quando cruzou Manila, paralisando a capital por dias.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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