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Ásia

Coalizão do primeiro-ministro japonês assegura maioria no Senado

21 jul 2013 - 08h31
(atualizado às 10h48)
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A coalizão do primeiro-ministro japonês Shinzo Abe assegurou uma ampla maioria no Senado, nas eleições realizadas neste domingo, informou a cadeia pública de televisão NHK.

Segundo as primeiras estimativas, o Partido Liberal-Democrata (PLD) de Abe e seus sócios do Novo Komeito (centro) teriam obtido 71 cadeiras das 121 em jogo para renovar a metade da câmara alta, com o que conseguiria maioria absoluta.

Os japoneses foram às urnas neste domingo em uma eleição que deve dar mais poder ao primeiro-ministro para impulsionar as necessárias medidas econômicas.

Metade das 242 cadeiras na Câmara Alta está em disputa, na que deve ser as últimas eleições nacionais em três anos.

Com índices de aprovação acima de 60% sete meses depois de se tornar primeiro-ministro nas eleições gerais, uma vitória do bloco do primeiro ministro era praticamente certa.

O controle de ambas as câmaras removerá todos os obstáculos da agenda de Abe.

Os aliados dizem que isso dará a ele liberdade para forçar mudanças impopulares em uma economia com fraco desempenho há tempos.

Entre estas medidas está a necessidade de reformar o mercado de trabalho para tornar mais fácil para as empresas contratar e demitir funcionários, participação em um enorme pacto de livre comércio e aumento da taxa de consumo, que os economistas dizem que ajudará a reduzir o ritmo de crescimento do já elevadíssimo débito nacoinal.

As reformas são a terceira etapa de um plano de política econômica conhecido como "Abenomics", que já produziu um corte dos gastos do governo e injetou dinheiro do banco central na economia.

Contudo, os opositores de Abe dizem que a "Abenomics" é uma estratégia e que o premier voltará a sua agenda conservadora assim que tiver o controle de ambas as Câmaras do Parlamento.

Eles temem que isso significará que o fim do comprometimento constitucional do Japão com o pacifismo, um estímulo ao militarismo e um tom mais agudo das relações com a China e a Coreia do Norte, já tensas, devido a disputas territoriais.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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