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Ásia

China tentou convencer Coreia do Norte a desistir de testes nucleares

4 jun 2013 - 08h04
(atualizado às 10h04)
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A China disse a um enviado do líder norte-coreano, Kim Jong-un, que a Coreia do Norte deve parar de realizar testes nucleares e de mísseis, mas o governo de Pyongyang mostrou pouca disponibilidade de acatar o pedido, disse uma fonte com conhecimento do encontro realizado no final do mês passado.

Kim enviou o vice-presidente do órgão militar superior do país, Choe Ryong-hae, para explicar as recentes ações da Coreia do Norte, mas ele teve uma recepção morna de seus anfitriões chineses, disse a fonte, que tem laços estreitos com Pequim e Pyongyang.

O líder da Coreia do Norte, na casa dos 30 anos, assumiu o poder em dezembro de 2011 e realizou dois lançamentos de foguetes de longo alcance e um teste de armas nucleares desde então. Ele também embarcou em uma campanha de um mês com ameaças contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos.

"A Coreia (do Norte) não amoleceu", disse a fonte, que não compareceu às reuniões mas já conversou com ambos os lados, com os quais tem acesso regular.

Choe, nominalmente um geral mas sem nenhuma experiência militar conhecida, é o principal líder ideológico do Exército Popular Coreano. Ele esteve em Pequim com vestimenta militar completa, em contraste com os seus homólogos chineses, que estavam de terno.

Especialistas disseram que a visita de três dias foi uma tentativa da Coreia do Norte de fazer as pazes com seu único grande aliado diplomático, que tem criticado Pyongyang ultimamente.

Depois das reuniões, em que Choe teve conversas com o presidente chinês, Xi Jinping, a Coreia do Norte prometeu tomar "medidas positivas para a paz", enquanto a China reiterou seu mantra de buscar "calma e moderação" na península coreana.

Pequim tentou convencer Pyongyang a parar com os testes nucleares e de mísseis, o que "colocou a China em uma posição difícil e não é propício para a Coreia (do Norte)", disse a fonte. A China aconselhou a Coreia do Norte a se concentrar em reconstruir sua economia, algo que já tinha dito antes.

As recentes ações da Coreia do Norte atraíram condenação internacional e colocaram Pequim sob pressão, especialmente dos EUA, para controlar Pyongyang. A postura belicosa norte-coreana também ajudou a reforçar uma estratégia norte-americana de voltar suas políticas de segurança para a região Ásia-Pacífico.

A China é o maior parceiro comercial da Coreia do Norte e doador para o país. Choe visitou uma zona empresarial especial durante a visita, mas ele não levantou a questão da ajuda econômica durante suas conversas, acrescentou a fonte.

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