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Ásia

China estima queda de 60% no nº de mortes por aids em 2011

30 nov 2011 - 06h56
(atualizado às 07h16)
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O Ministério da Saúde da China estima que o número de mortes em decorrência da aids neste ano no país chegue a 28 mil, uma redução aproximada de 60% em relação à quantidade registrada em 2010, indica um relatório publicado pelo organismo na véspera do Dia Internacional de Luta Contra a aids.

O relatório, que contou com a participação de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Unaids, também contabilizou um aumento de 48 mil casos de portadores do vírus HIV, elevando o total de soropositivos para 780 mil, entre eles 154 mil que desenvolveram a doença.

Estes números oficiais, no entanto, são colocados em dúvida por algumas ONGs, que suspeitam que o verdadeiro número de afetados pelo HIV/aids na China possa ser de vários milhões, devido ao desconhecimento da doença e do vírus.

O Ministério da Saúde chinês reconhece que o HIV continua sendo um problema "moderadamente prevalente na China" e admite a gravidade do caso, assinalando que o número de soropositivos no país equivale a um quinto do total no mundo. "Muitos soropositivos desenvolverão a doença no futuro, o que terá um impacto na economia e na sociedade do país", afirma o Ministério.

Segundo o Centro Chinês para o Controle e Prevenção de Doenças, citado nesta quarta-feira pela agência de notícias Xinhua, a transmissão sexual do vírus se tornou a forma mais frequente de infecção, enquanto, nos anos 1990, as transfusões de sangue eram a principal causa de contágio. A entidade alerta que os homossexuais continuam sendo um grupo de alto risco.

A China registrou seu primeiro caso de Aids em 1985, mas durante décadas o governo comunista considerou-a uma doença "só de estrangeiros". O tema virou um tabu no país, o que provocou o aumento das infecções, especialmente em negócios clandestinos de compra e venda de sangue sem as medidas sanitárias adequadas.

Na última década, no entanto, Pequim manifestou uma mudança significativa de atitude em relação à doença, sobretudo com campanhas de conscientização para prevenção e contra a discriminação a soropositivos, que durante anos foram marginalizados na sociedade chinesa.

EFE   
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