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Ásia

China condena dois tibetanos por estímulo à imolação

31 jan 2013 - 08h16
(atualizado às 09h17)
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Um tribunal chinês condenou um monge tibetano e seu sobrinho por "estímulo" a que oito pessoas cometessem atos de imolação com fogo, no primeiro veredicto sobre estes casos, considerados como homicídio voluntário, informa a agência estatal Xinhua. Lorang Konchok, 40 anos, foi condenado à pena de morte com remissão condicional, o que equivale à prisão perpétua, e seu sobrinho Lorang Tsering, 31 anos, a 10 anos de prisão.

Foto de outubro de 2012 mostra corpo de monge após sacrifício ao lado de monastério
Foto de outubro de 2012 mostra corpo de monge após sacrifício ao lado de monastério
Foto: AP

Os dois acusados foram declarados culpados de ter "estimulado" e "obrigado" oito tibetanos a atear fogo em suas roupas, segundo a agência, que cita a sentença do tribunal de Aba, situado em uma região tibetana do sudoeste do país. Três dos oito tibetanos faleceram. O Tribunal Supremo e as principais instâncias judiciais e policiais chinesas anunciaram em dezembro que qualquer pessoa que tenha ajudado ou incitado um tibetano a imolar-se será processada por "homicídio".

Desde 2009, quase 100 tibetanos tentaram cometer suicídio na China com atos de imolação para protestar contra a tutela de Pequim sobre seu território e a repressão implacável de sua religião e cultura. Muitos faleceram em consequência das queimaduras. Pequim acusa o Dalai Lama, líder espiritual dos tibetanos, de estimular as imolações.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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