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Ásia

China celebra com "contenção" 120º aniversário de nascimento de Mao

26 dez 2013 - 02h20
(atualizado às 05h08)
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O aniversário se celebra também com dezenas de exposições, simpósios e atos comemorativos em todo o território nacional, especialmente em Shaoshan, local de nascimento de Mao na província de Hunan, onde foram gastos mais de US$ 300 milhões nos preparativos para a efeméride
O aniversário se celebra também com dezenas de exposições, simpósios e atos comemorativos em todo o território nacional, especialmente em Shaoshan, local de nascimento de Mao na província de Hunan, onde foram gastos mais de US$ 300 milhões nos preparativos para a efeméride
Foto: Reuters

O presidente da China, Xi Jinping, o primeiro- ministro Li Keqiang e outros líderes do regime comunista visitaram nesta quinta-feira o mausoléu de Mao Tsé-tung, no centro da Praça de Praça da Paz Celestial, para homenageá-lo no 120º aniversário de seu nascimento.

Xi e o resto da cúpula comunista efetuaram três reverências, uma tradicional demonstração de respeito na cultura chinesa, perante o corpo embalsamado do "Grande Timoneiro", que descansa no mausoléu construído em 1977, um ano depois do falecimento do fundador da República Popular.

O aniversário se celebra também com dezenas de exposições, simpósios e atos comemorativos em todo o território nacional, especialmente em Shaoshan, local de nascimento de Mao na província de Hunan, onde foram gastos mais de US$ 300 milhões nos preparativos para a efeméride.

No entanto, o presidente Xi advertiu este ano, durante uma visita a Hunan, que as celebrações seriam "solenes, simples e pragmáticas", e de fato alguns dos atos mais importantes, como uma festa em honra a Mao que aconteceria no Grande Palacio do Povo (sede do Legislativo), foram cancelados.

Isso mostra, segundo os observadores, a contraditória relação que o regime comunista mantém com seu fundador, pois por uma parte o honra por rer liderado a revolução que alcançou a fundação da República Popular em 1949, mas por outra admite que cometeu grandes erros.

Chineses fazem fila para entrar no mausoléu onde se encontra o corpo embalsamado do "Grande Timoneiro", na capital Pequim
Chineses fazem fila para entrar no mausoléu onde se encontra o corpo embalsamado do "Grande Timoneiro", na capital Pequim
Foto: Reuters

Os meios de comunicação oficiais se concentram hoje, em todo caso, na importância histórica de Mao para que a China acabasse com um século e meio de feudalismo e colonialismo por parte de países ocidentais e do Japão.

"Sob a liderança de Mao, o povo chinês mudou seu destino através da revolução", declarou em seu editorial de hoje o jornal Global Times, ligado ao Partido Comunista da China, também fundado pelo líder em 1921.

"Passaram 37 anos desde sua morte mas ainda é lembrado profundamente (...), poucos podem rivalizar com sua influência na história mundial contemporânea", acrescentou o jornal, assegurando que alguns utilizam Mao para criticar a China atual.

"Demonizá-lo foi largamente uma tendência da opinião interna e externa, mas podemos ver que a maioria dos críticos têm motivos ocultos para manchar a imagem de Mao e seu legado para o rejuvenescimento da China", afirmou o editorial.

Aproveitando o aniversário, muitas televisões chinesas começaram a emitir séries e programas especiais baseados na vida de Mao, e dois filmes de grande orçamento sobre sua figura estreiam esta semana no país.

EFE   
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