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Ásia

China anuncia pacote de mais de R$ 26 bi em ajuda à África

O país também oferecerá cerca de R$ 222 milhões adicionais para a proteção da vida selvagem

5 mai 2014 - 14h02
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<p>Premi&ecirc;&nbsp;chin&ecirc;s Li Keqiang discursa na sede da Uni&atilde;o Africana&nbsp;na capital et&iacute;ope Addis Abeba, em 5 de maio</p>
Premiê chinês Li Keqiang discursa na sede da União Africana na capital etíope Addis Abeba, em 5 de maio
Foto: Reuters

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, apresentou nesta segunda-feira um novo pacote de ajuda ao desenvolvimento da África, no valor de 12 bilhões de dólares (mais de R$ 26 bilhões), e ofereceu também assistência tecnológica para a construção de ferrovias velozes no continente, segundo a agência estatal de notícias Xinhua.

O anúncio foi feito em discurso na sede da Organização da União Africana, em Adis Abeba (Etiópia). O governo chinês ampliará em 10 bilhões de dólares a sua linha de crédito para países da África, e em 2 bilhões o Fundo de Desenvolvimento China-África, que fica assim com um total de 5 bilhões, segundo a Xinhua. Não foram citados prazos para a entrega das verbas.

Li "descreveu o sonho de que todas as capitais africanas estejam ligadas por trens de alta velocidade, de modo a estimular a comunicação e o desenvolvimento panafricanos", disse a reportagem. Segundo o premiê, os recentes avanços chineses na área ferroviária permitem que seu país colabore para "tornar esse sonho realidade".

A China também oferecerá 100 milhões de dólares (mais de R$ 222 milhões) adicionais para a proteção da vida selvagem, segundo Li.

Esta é a primeira viagem de Li à África desde a sua posse como premiê, no ano passado. Em março de 2013, o presidente Xi Jinping viajou ao continente e renovou uma oferta de 20 bilhões de dólares em empréstimos à África entre 2013 e 2015.

Li disse que a nova linha de crédito de 10 bilhões de dólares se somará aos 20 bilhões já oferecidos, segundo o China News Service.

As autoridades chinesas disseram na semana passada que a viagem de Li - incluindo também Nigéria e Angola, países produtores de petróleo - não servirá apenas para selar acordos energéticos, e que Pequim se empenhará também em melhorar as condições de vida no continente mais pobre do mundo.

Viagens de líderes chineses à África costumam ser marcadas por grandes contratos envolvendo recursos naturais, o que motiva crítica de alguns setores para os quais a China estaria unicamente interessada em receber minérios e energia do continente.

Em geral, os africanos veem a China como um saudável contraponto à influência ocidental, mas, à medida que esses laços amadurecem, há uma crescente cobrança de autoridades e economistas para que se busque um maior equilíbrio comercial.

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