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Ásia

Chanceler libanês rejeita presença do Hezbollah em lista terrorista

31 mai 2013 - 07h04
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O ministro saliente das Relações Exteriores do Líbano, Adnan Mansur, expressou nesta sexta-feira sua total rejeição a que o Hezbollah passe a fazer parte de uma lista de organizações terroristas, como cogitam atualmente a União Europeia e os países do Golfo Pérsico.

"Rejeitamos, de modo categórico, que o grupo seja incluído em qualquer lista de terroristas. O Hezbollah faz parte do Parlamento e do governo e tal atitude equivale a uma tentativa de chantagem política. Não queremos que tornem esse tema político", afirmou Mansur em entrevista ao jornal libanês "As Safir".

No próximo mês de junho, a UE examinará a possibilidade de incluir o galho armado do Hezbollah em sua lista de grupos terroristas, enquanto, segundo o jornal kuwaitiano "Al Rai", que cita fontes diplomáticas, o Conselho de Cooperação do Golfo poderia examinar esta mesma questão em uma reunião em Jidá a pedido das autoridades do Bahrein.

Mansur acusou Israel e as potências ocidentais de pretender designar o grupo xiita como organização terrorista e, por isso, advertiu que, se isso vier a ocorrer, não garantirá estabilidade e segurança alguma.

"O Líbano adotou a política de dissociação desde o começo da crise síria, se mantendo afastado politicamente desse problema e suas consequências", acrescentou, assegurando que o país mantém certa eqüidistância a respeito os beligerantes na Síria.

Questionado sobre a participação do Hezbollah nos combates na região síria de Al Qusair, o ministro considerou que "há 20 aldeias sírias que se encontram próxima à fronteira entre os países. A princípio, eles tinha se mantido afastadas da crise, mas depois acabaram se transformando em vítimas dos confrontos".

"O Exército sírio não estava presente nessas regiões, que estavam sob o controle de elementos armados e, por isso, que seus vizinhos pediram ajuda", assinalou o ministro, que lembrou que as Forças Armadas libanesas desdobradas na fronteira nordeste "não podem impedir de modo total a infiltração de combatentes".

Na noite de ontem, o presidente sírio, Bashar al Assad, reconheceu em entrevista a participação de combatentes do Hezbollah na batalha em Al Qusair, mas minimizou o número de milicianos do grupo xiita que tenham participado diretamente dos confrontos.

EFE   
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