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Ásia

Cerca de 75 milhões de católicos filipinos esperam visita do papa

9 jan 2015 - 18h11
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Filipinas, um país marcado pela intensa paixão de seus mais de 75 milhões de católicos, espera ansiosamente pela visita do papa Francisco após meses de expectativa e detalhados preparativos.

Diante da previsível avalanche de fiéis com a chegada de uma das personalidades mais veneradas no país, o Governo se empenhou para garantir que a estadia do pontífice, que ficará em Manila e Tacloban, a cidade mais afetada pelo tufão Haiyan, não tenha nenhum imprevisto.

Para isso, anunciou diversas medidas, entre elas uma enorme operação de segurança que contará com 25 mil policiais, 7.000 soldados e 5.000 reservistas com o objetivo de proteger o papa e colocar ordem nos grandes atos previstos para os quatro dias de visita.

Para a missa que o papa celebrará na parte antiga de Manila, as autoridades proibiram que os fiéis levem qualquer tipo de mochila ou guarda-chuva e instruiu que toda comida ou bebida deve ser transportada em recipientes transparentes.

Durante o ato, é previsto que o pontífice seja transportado em um veículo no meio do público. É esperada a presença de 1,2 milhão de pessoas à missa, embora as autoridades temam que esse número possa chegar aos cinco milhões.

Os especialistas de inteligência temem que, além da possibilidade de atentado, ocorram mortes devido a grandes multidões, como acontece a cada 9 de janeiro durante a procissão do Nazareno Negro, a maior do ano nas Filipinas.

As autoridades pediram calma e compreensão aos filipinos que quiserem assistir aos atos, que serão maiores em Manila, onde foram declarados três feriados para que a população possa comparecer à visita do papa Francisco.

"Pedimos às pessoas que quiserem ir para que se contentem em ver o papa, pois nem todo mundo poderá se aproximar dele", disse o chefe das Forças Armadas das Filipinas, Gregorio Catapang.

As autoridades consideram o trabalho das equipes de segurança tão importante para controlar as massas que anunciaram que cerca de 2.000 agentes de trânsito utilizarão fraldas para não ter de interromper seu trabalho.

Segundo o diretor da Agência para o Desenvolvimento da Metrópole de Manila, o tenente de prefeito Francis Tolentino, seus agentes receberam "muito bem" a medida, e recomenda aos fiéis que sigam as orientações durante os atos do papa.

A presença do pontífice em Manila também causou o cancelamento de centenas de voos do dia 15, quando é prevista sua chegada a Manila, assim como do dia 19, quando deixa as Filipinas.

Durante a visita, o papa Francisco se reunirá com o presidente do país, Benigno Aquino III, bem como com outras autoridades políticas e religiosas do país, tanto em Manila como em Tacloban, na região central do país.

O papa se reunirá na capital com famílias de vítimas dos diferentes desastres naturais que castigaram as Filipinas nos últimos dois anos.

Em Tacloban, a cidade mais afetada pelo tufão Haiyan em novembro de 2013, que causou pelo menos 6.300 mortes e deixou mil desaparecidos, também está programado encontro com 20 sobreviventes da tempestade, além de outra missa.

O papa Francisco chegará às Filipinas após passar pelo Sri Lanka, em nova viagem à Ásia. Em agosto de 2014, o pontífice visitou a Coreia do Sul.

EFE   
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