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Ásia

Centro de detenção na Tailândia registra fuga de 86 refugiados rohingya

20 ago 2013 - 06h46
(atualizado às 07h30)
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A Polícia tailandesa iniciou uma busca para recapturar 84 refugiados rohingya - uma minoria muçulmana de Mianmar - que fugiram de um centro de detenção no sul da Tailândia, informou nesta terça-feira a imprensa local.

Após a fuga registrada na noite de ontem no centro de detenção de Sadao, na província de Songkhla, apenas 2 refugiados foram recapturados. Segundo o jornal "Bangcoc Post", 137 rohingya estavam presos no local.

Os imigrantes utilizaram limas para cortar as barras das celas e usaram cordas feitas com roupas de cama para chegar à rua. Posteriormente, de acordo com fontes do centro de detenção, os fugitivos seguiram em direção a uma plantação.

Outros 30 rohingya fugiram deste mesmo centro de detenção no último dia 9 de agosto. Neste mesmo dia, 261 imigrantes deste coletivo se amotinaram em outro centro de detenção em Phangnga para ter o direito de celebrar o fim do mês sagrado do Ramadã.

Milhares rohingya fugiram de Mianmar nos últimos meses por causa da violência sectária entre esta minoria e a maioria budista no estado Rakhine, no oeste do país, um confronto que, somente entre junho e outubro do ano passado, causou pelo menos 192 mortos.

Após os confrontos em questão, marcados pela destruição de pelo menos 8,6 mil casas, 120 mil pessoas, em sua maioria rohingya, foram deslocadas para campos de refugiados.

As forças de segurança da Tailândia detiveram em janeiro uns 2 mil rohingyas que tentavam entrar no país por mar ou que tinham caído nas redes do tráfico de pessoas.

Apesar de não ser signatária da convenção da ONU sobre refugiados, a Tailândia concedeu ao grupo um período de estadia de seis meses e o repartiu em 24 centros de imigração e em refúgio familiares, enquanto se tramitava sua repatriação ou envio a um terceiro país de amparada.

Atualmente, aproximadamente 800 mil rohingya vivem em Mianmar, principalmente no estado de Rakhine, apesar das autoridades se negarem a conceder cidadania por considerá-los imigrantes ilegais bengalis.

Esta comunidade, considerada apátrida e uma das mais perseguidas do mundo segundo a ONU, também é rejeitada na vizinha Bangladesh, onde uns 300 mil rohingya vivem em campos de refugiados.

EFE   
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